Bangui, 24 mar (EFE).- A confusão reina neste domingo em Bangui após os rebeldes da coalizão Seleka terem anunciado que entraram na capital da República Centro-Africana (RC), um feito com que ainda não foi confirmado por outras fontes.
"A coluna do general Arda Hakouma cruzou a barreira da cidade no Quilômetro 12. Estamos na entrada da capital e nos preparamos para entrar totalmente em Bangui", disse neste domingo à Agência Efe por telefone Djouma Narkoyo, um dos porta-vozes da Seleka.
No entanto, fontes independentes não confirmaram esta informação, enquanto fontes governamentais se abstiveram de falar a respeito.
No acesso norte da capital centro-africana - a entrada mais próxima para os rebeldes -, alguns moradores afirmam ter ouvido disparos de armas leves e veículos se dirigindo para essa região.
A cidade está cheia de militares, visíveis em cada esquina, com muitas patrulhas "prontas para qualquer eventualidade", segundo fontes da guarda presidencial.
A Embaixada da França no país publicou um comunicado em seu site alertertando que "a situação de segurança continua sendo incerta" e que "não há eletricidade".
Além disso, a delegação francesa aconselhou que as pessoas sigam "as frequentes medidas de segurança", que "permaneçam em casa ou na residência de amigos", e que "não chamem a atenção com iluminação exterior".
A França, antiga metrópole colonizadora, pediu ontem à noite uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU devido aos eventos no país africano, informaram fontes da Presidência francesa.
A coalizão Seleka, composta por quatro grupos rebeldes, recorreu à luta armada no norte do país no mês de dezembro ao considerar que o presidente da República Centro-Africana, François Bozizé, não tinha respeitado os acordos de paz assinados em 2007.
Na quarta-feira passada, os rebeldes reiniciaram suas atividades, após ter expirado o ultimato dado ao presidente para que cumprisse uma série de reivindicações, e desde então avançam rapidamente até Bangui. EFE