Cidade do México, 5 jun (EFE).- O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse nesta quarta-feira que "o melhor é o livre-comércio" e reiterou que buscará um acordo sem confronto com os Estados Unidos na reunião de alto nível que acontecerá em Washington com o anúncio de imposição de tarifas como pano de fundo.
"O melhor é o livre-comércio. Não impor tarifas, não nos fechar", declarou López Obrador após ser questionado sobre a reunião desta quarta-feira do chanceler do México, Marcelo Ebrard, com o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, e o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, em Washington.
O presidente mexicano, que nos últimos dias se mostrou confiante no sucesso da reunião, reforçou hoje que está "otimista" e que "a relação de amizade" após o conflito tarifário será mantida.
O presidente mexicano também lembrou que diante de situações de conflito há três possibilidades: abrir uma guerra, evitar o confronto fechando o diálogo e a sua opção, que consiste em buscar a comunicação e evitar o isolamento.
"Queremos manter a união com o povo e o governo dos EUA e manter muito boas relações com o presidente Donald Trump", acrescentou.
Questionado pela imprensa, López Obrador não descartou que o México se abra ao comércio com outras grandes nações como a China e a Rússia, mas ressaltou que, apesar desta diversificação, sempre deverá "cultivar" a relação com os EUA.
O único limite em relação ao conflito, considerou, se dará se os EUA se intrometerem na soberania e na " dignidade" do povo mexicano.
Se não houver um acordo antes de 10 de junho, os EUA imporão tarifas de 5% sobre todas as importações mexicanas, que irão aumentando gradualmente até chegar aos 25% em outubro, a não ser que o México contenha substancialmente o fluxo de imigrantes ilegais que chegam à fronteira entre os dois países.