Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - O número de norte-americanos pedindo o auxílio-desemprego subiu inesperadamente na semana passada, mas a tendência principal continua a apontar para o fortalecimento do mercado de trabalho dos Estados Unidos, ainda que o setor de serviços tenha mostrado uma ligeira perda de ímpeto.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram em 6 mil, para 278 mil em dado ajustado sazonalmente, na semana encerrada em 27 de fevereiro, informou o Departamento de Trabalho nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters estimavam queda para 271 mil na semana passada.
Os pedidos estão agora há um ano abaixo da marca de 300 mil, que é associada a condições saudáveis do mercado de trabalho. Este é o período mais longo desde o início dos anos 1970.
A média móvel de quatro semanas dos pedidos, considerado um medidor melhor da tendência do mercado de trabalho por suprimir a volatilidade semana a semana, caiu em 1.750 para 270.250 na semana passada, o menor nível desde o fim de novembro.
Em outro relatório, o Departamento do Comércio disse que as novas encomendas de bens industrializados subiram 1,6 por cento após recuo de 2,9 por cento em dezembro. Este foi o maior aumento desde junho e segue dois meses seguidos de queda.
Um relatório do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) mostrou que seu índice do setor de serviços caiu para 53,4, sobre 53,5 no mês anterior. A leitura ficou pouco acima da expectativa de 53,2 em pesquisa Reuters com 81 economistas.
Em outra pesquisa do setor de serviços dos EUA, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) final caiu para 49,7 em fevereiro ante 53,2 em janeiro.
Para ambas as duas últimas pesquisas, leituras acima de 50 indicam expansão da atividade, enquanto abaixo desta marca mostram retração.