WASHINGTON (Reuters) - O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego subiu na semana passada, mas a tendência intrínseca aponta para um contínuo fortalecimento das condições do mercado de trabalho.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 23 mil, para 302 mil em números ajustados sazonalmente, para a semana encerrada em 26 de julho, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira.
Os números da semana anterior foram revisados para mostrar 5 mil pedidos a menos do que divulgado anteriormente. Os pedidos para a semana encerrada em 19 de julho alcançaram o menor nível desde maio de 2000.
Economistas consultados pela Reuters haviam projetado que os pedidos de auxílio-desemprego subiriam para 301 mil. Fechamentos de montadoras de carros no verão para manutenção provocam volatilidade nos pedidos nessa época do ano, já que elas algumas vezes mantêm as linhas de montagem funcionando. Isso afeta um modelo que o governo usa para ajustar os dados para variações sazonais.
A média móvel de quatro semanas para novos pedidos, considerada uma medida melhor das condições do mercado de trabalho, pois atenua a volatilidade semanal, caiu em 3.500, para 297.750, o menor nível desde abril de 2006.
O relatório mostrou ainda que o número de pessoas que ainda recebiam o benefício após uma semana inicial de ajuda aumentou em 31 mil, para 2,54 milhões, na semana encerrada em 19 de julho.
A taxa de desemprego para pessoas recebendo auxílio-desemprego permaneceu em 1,9 por cento.
Um analista do Departamento do Trabalho disse que não há fatores especiais influenciando os dados em termos estatais.
Apesar da alta na semana passada, os pedidos permanecem em níveis consistentes com um crescimento forte do emprego. Os dados não têm relação com o relatório de emprego fora do setor agrícola, de julho, já que não coincidem com o período.
A expectativa é que o governo divulgue na sexta-feira que foram criadas 233 mil vagas em julho, de acordo com pesquisa da Reuters com economistas.
Embora isso signifique uma desaceleração ante a forte criação de 288 mil vagas em junho, será o sexto mês seguido de criação de vagas acima de 200 mil, algo visto pela última vez em 1997.
(Por Lucia Mutikani)