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PIB brasileiro sobe 0,1% no terceiro trimestre, contrariando projeções

Publicado 05.12.2023, 09:03
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Investing.com – O Produto Interno Bruto (PIB) subiu 0,1% no terceiro trimestre, em relação ao segundo trimestre, na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 05. A projeção consensual era de uma retração de 0,2%.

No acumulado do ano, o PIB subiu 3,2% frente ao mesmo período de 2022. Segundo o instituto, na variação trimestral, tanto os quanto a indústria avançaram 0,6%, e a agropecuária apresentou retração de 3,3%.

No setor produtivo, segmentos como indústrias extrativas e transformação subiram 0,1%, ambos. Outras atividades como eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos subiram mais, com alta de 3,6%. A construção, por outro lado, registrou uma queda de 3,8%.

O IBGE informou ainda que, no setor de serviços, atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados apresentaram crescimento de 1,3%, mesma alta de atividades imobiliárias. No entanto, transporte, armazenagem e correio teve uma retração de 0,9%.

Os dados do instituto demonstram ainda que a Formação Bruta de Capital Fixo teve queda trimestral de 2,5%, enquanto o consumo das famílias cresceu 1,1% e o consumo do governo apresentou alta de 0,5%.

O setor externo contribuiu com o resultado do PIB. Exportações tiveram alta de 3,0%, enquanto as importações caíram 2,1%, também na comparação trimestral.

Segundo o economista André Perfeito, a queda na agricultura nem pode ser considerado uma queda de fato, em sua visão. “Na comparação anual o setor sobe robustos 8,77%. A surpresa ficou pelo comportamento melhor que o esperado para serviços e indústria que tem peso maior no valor adicionado ao PIB (agropecuária adiciona pouco valor em si, mas movimenta cadeias longas nos serviços e indústria)”, detalha.

Claudio Considera, coordenador de Contas Nacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV/IBRE), avalia que o resultado veio praticamente em linha com o estimado. “Nós colocamos 0%, não tínhamos expectativa de resultado negativo. Houve um crescimento na margem. Para nós não teve novidade”, aponta o coordenador, que menciona a queda na agropecuária como destaque desta divulgação, que perdeu força. No entanto, a indústria de transformação é que, avaliando todo o ano, ainda apresenta dificuldades. Os investimentos também são um ponto de preocupação elencado pelo especialista. Enquanto isso, o consumo das famílias continua elevado, garantido pelo aumento da massa de rendimento devido a alta no emprego.

Após a divulgação do dado, Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento, afirmou que o PIB deste ano deve crescer cerca de 3,1%, caso a economia fique estável no último trimestre do ano. “Isso é mais do que a média mundial. Crescimento da economia e da renda traz melhoria de vida aos brasileiros, razão maior do nosso trabalho”, destaca a ministra.

Revisões em dados anteriores

O IBGE revisou para cima expansão no segundo trimestre deste ano, mas reduziu o dado divulgado no primeiro. A expansão teria sido de 1,0% no segundo trimestre, contra 0,9% divulgados anteriormente. No primeiro, a alta foi revisada para 1,4%, de 1,8% informado antes.

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