Buenos Aires, 30 set (EFE).- A pobreza foi a realidade de 35,4% da população urbana da Argentina durante o primeiro semestre deste ano, 3,4 pontos percentuais acima da taxa registrada no segundo semestre de 2018, informaram fontes oficiais nesta segunda-feira.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), o índice de indigência no primeiro semestre do ano se situou em 7,7% das pessoas, um ponto percentual acima do que foi registrado no segundo semestre de 2018.
Em comparação anualizada com o primeiro semestre do ano passado, o índice de pobreza aumentou 8,1 pontos percentuais entre janeiro e junho deste ano, e o de indigência subiu em 2,8 pontos.
A estatística oficial afirma que 2,4 milhões de famílias estavam abaixo da linha da pobreza no final de junho, o que representa 10 milhões de pessoas pobres. Além disso, 514.273 famílias se encontram abaixo da linha de indigência, o que inclui 2,1 milhões de pessoas.
A medição leva em conta o nível de vida nos 31 centros urbanos mais povoados do país, o que abrange 28,2 milhões de pessoas. A população total da Argentina supera as 40 milhões de pessoas.
O relatório divulgado nesta segunda-feira é o sétimo sobre a pobreza que realizado pelo Indec após a chegada de Mauricio Macri à presidência, no final de 2015, e o terceiro desde ciclo a apontar um aumento no índice.
O crescimento da pobreza no primeiro semestre coincide com taxas de inflação altas, mas que tendiam a desacelerar no final do período.
A inflação, indicador que incide de forma direta na avaliação da cesta básica e de serviços e que depois é utilizado para medir a linha de indigência e pobreza, voltou a acelerar com força em agosto (subiu 54,5% em dados anualizados), a partir das severas turbulências financeiras geradas após as eleições primárias.
A previsão é que os dados sobre pobreza e indigência correspondentes ao segundo semestre deste ano sejam ainda mais elevados.