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Futuros de soja próximos a uma alta de 5 meses com forte demanda da China

Publicado 27.02.2012, 08:15
Investing.com – Os contratos futuros de soja caíram nesta segunda-feira, mas permaneceram próximos a uma alta de cinco meses, uma vez que os preços continuaram atraindo apoio das perspectivas de aumento da demanda da China, maior consumidor do grão.

Na Bolsa Mercantil de Chicago, os futuros de soja para entrega em março foram negociados a US$ 12,7825 por bushel, durante as negociações europeias da manhã, avançando 0,17%.

Os contratos de março devem expirar no fim do pregão de quarta-feira, dia 29 fevereiro. O vencimento dos contratos, muitas vezes, leva a sessões voláteis, na medida em que os participantes do mercado procuraram encerrar suas posições ou reajustar seus portfólios.

Enquanto isso, o contrato mais ativamente negociado para entrega em maio recuou 0,1%, para negociação a US$ 12,7825 o bushel. Anteriormente, os futuros subiram até 0,5%, para negociação a US$ 12,9238 por bushel, a maior alta desde 23 de setembro.

Os preços da soja subiram e atingiram o maior nível desde setembro depois que o Ministério da Agricultura dos EUA informou que os agricultores norte-americanos venderam 4,03 milhões de toneladas do grão na semana que terminou em 16 de fevereiro, acima de uma série de estimativas comerciais de 3,5 milhões para 3,9 milhões de toneladas.

De acordo com os números das exportações, a China comprou 521.100 toneladas para entrega na comercialização de 2011-12; e 2,8 milhões, para 2012-13.

Os fortes números das importações chinesas surgiram após o influente grupo World Oil ter informado, na semana passada, que a China importará 14% a mais de soja nos três primeiros meses de 2012 que no ano anterior, em virtude do declínio da produção nacional e da demanda cada vez maior.

O país asiático importará 12,5 milhões de toneladas de soja de janeiro a março deste ano. Na semana passada, os agricultores norte-americanos venderam 2.923 milhões de toneladas de soja para a China, na maior venda diária já registrada.

A China é a maior consumidora mundial de soja e deve representar quase 60% do comércio mundial do grão na temporada 2011-12.

As especulações acerca da piora nas condições das safras nos principais produtores sul-americanos de soja, Argentina e Brasil, também deram apoio aos preços.

A maior bolsa de grãos da Argentina reduziu, na sexta-feira, sua previsão da produção de soja em cerca de 5 milhões de toneladas, comparada à previsão anterior, uma vez que as condições de seca prejudicaram as safras.

A Bolsa de Grãos de Rosário espera agora que a safra de da Argentina totalize 44,5 milhões de toneladas; uma queda em comparação com a previsão anterior de 49,5 milhões de toneladas.

Os traders têm observado de perto as condições meteorológicas e as previsões para as safras nos países sul-americanos nas últimas semanas.

A América do Sul é o principal continente exportador de soja e concorre com os EUA pelos negócios no mercado global. Uma visão pessimista para as safras sul-americanas do grão podem aumentar a demanda pelos grãos norte-americanos.

Na Bolsa Mercantil de Chicago, o trigo para entrega em maio caiu 0,65%, para negociação a US$ 6,3688 por bushel, enquanto o milho para entrega em maio recuou 0,65%, para negociação a US$ 6,3913 por bushel.

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