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Preços ao consumidor nos EUA sobem menos que o esperado em agosto

Publicado 13.09.2018, 11:56
© Reuters. Consumidores são vistos em Nova York, Estados Unidos

Por Lucia Mutikani

WASHINGTON (Reuters) - Os preços ao consumidor nos Estados Unidos subiram menos que o esperado em agosto uma vez que os aumentos na gasolina e nos aluguéis foram compensados pelas quedas nos custos com saúde e vestuário, e as pressões do núcleo da inflação também pareciam estar desacelerando.

Apesar dos aumentos moderados nos preços ao consumidor no mês passado, as pressões inflacionárias estão aumentando de forma constante, diante do aperto no mercado de trabalho e do crescimento econômico robusto. A força no mercado de trabalho foi reforçada por outro dado nesta quinta-feira mostrando que o número de norte-americanos que entraram com pedidos de auxílio-desemprego caiu na semana passada, ficando perto da mínima em 49 anos.

"Não há motivo para suspeitar que o aumento mais fraco nos preços ao consumidor em agosto seja o início de outra queda como a que vimos no início de 2017", disse Paul Ashworth, economista-chefe da Capital Economics.

"Com as condições do mercado de trabalho abertas, o aumento dos salários acelerando e os preços de insumo sendo pressionados para cima pelas restrições de capacidade e tarifas recém-impostas, existe muita pressão para cima sobre os preços."

O Departamento de Trabalho informou nesta quinta-feira que seu índice de preços ao consumidor subiu 0,2 por cento no mês passado, após leitura similar em julho. Nos 12 meses até agosto, o índice subiu 2,7 por cento, desacelerando em relação ao avanço de 2,9 por cento em julho.

Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o indicador subiu 0,1 por cento. O chamado núcleo da inflação havia aumentado 0,2 por cento por três meses consecutivos. Nos 12 meses até agosto, o núcleo avançou 2,2 por cento, após subir 2,4 por cento em julho.

Economistas consultados pela Reuters previam que a inflação ao consumidor subiria 0,3 por cento em agosto e seu núcleo, 0,2 por cento.

O relatório de inflação provavelmente fará pouco para mudar as expectativas de que o Federal Reserva vai elevar a taxa de juros na reunião de 25 e 26 de setembro. O banco central dos EUA aumento os juros duas vezes neste ano.

© Reuters. Consumidores são vistos em Nova York, Estados Unidos

O Fed acompanha uma medida diferente de inflação, o núcleo do índice PCE, para decisões de política monetária. O núcleo do PCE aumento 2 por cento em julho, atingindo a meta do Fed pela terceira vez neste ano.

Em outro relatório, o Departamento do Trabalho informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 1 mil, para 204 mil em números ajustados sazonalmente na semana encerrada em 8 de setembro, nível mais baixo desde dezembro de 1969. Os dados da semana anterior foram revisados para mostrar 2 mil pedidos a mais do que o informado antes.

Economistas consultados pela Reuters projetavam alta para 210 mil pedidos na última semana.

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