SÃO PAULO (Reuters) - Os preços dos combustíveis subiram em maio tanto no atacado quanto no varejo na esteira da greve dos caminhoneiros e pressionaram o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) para uma alta de 1,64 por cento no mês, de 0,93 por cento em abril, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.
O dado ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters junto a economistas de avanço de 1,41 por cento.
A FGV informou que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60 por cento do indicador todo, teve alta de 2,35 por cento no período, ante 1,26 por cento em abril.
O resultado do IPA mostrou que os preços dos Bens Finais aceleraram a alta a 1,05 por cento, ante 0,21 em abril, com os preços dos combustíveis para consumo saltando 8,92 por cento no mês, ante 3,05 por cento antes.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) apresentou maior pressão ao subir 0,41 por cento em maio, ante avanço de 0,34 por cento no mês anterior. O IPC-DI corresponde a 30 por cento do IGP-DI.
O movimento foi impulsionado pela alta de 0,73 por cento em Habitação, ante 0,26 por cento em abril. Também pressionou o avanço de 0,48 por cento em Transportes ante 0,07 por cento em abril, influenciado principalmente pelo aumento de 2,57 por cento nos preços da gasolina em maio.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) desacelerou a alta a 0,23 por cento, de 0,29 por cento em abril.
O IGP-DI é usado como referência para correcções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.
(Por Taís Haupt)