CINGAPURA (Reuters) - Os contratos futuros de aço e do minério de ferro na China terminaram praticamente estáveis nesta segunda-feira, com o otimismo decorrente do primeiro corte na taxa de juros do país em mais de dois anos falhando em sustentar um rali inicial nos preços.
Embora o corte da taxa deva apoiar os esforços de Pequim em fortalecer a atividade na segunda maior economia do mundo, é pouco provável que tenha um impacto imediato no setor de aço da China, uma vez que a demanda diminui durante o inverno.
"Os cortes da taxa na China tendem a impulsionar a atividade a longo prazo, especialmente se estes cortes iniciais forem os primeiros de uma série", disse Ric Spooner, analista chefe de mercado da CMC Markets em Sydney.
"Entretanto, nesta fase, as taxas de empréstimo mais baixas terão de superar a cautela natural que flui através de uma economia em que o mercado imobiliário tem excesso de oferta e os preços da habitação estão caindo."
O minério de ferro para entrega em maio na bolsa de Dalian fechou em baixa de 0,2 por cento, para 470 iuanes (77 dólares) a tonelada, depois de bater uma máxima de 482 iuanes durante a sessão.
O contrato de vergalhão de aço para maio na bolsa de Xangai fechou com poucas mudanças a 2.437 iuanes por tonelada, após subir a 2.479 iuanes.
O impulso do corte da taxa na China sobre outras commodities também pareceu fugaz, como no caso do petróleo.
No mercado à vista, o minério de ferro fechou em leve alta de 0,20 dólar nesta segunda-feira, a 70 dólares por tonelada, após ter fechado abaixo desse patamar na sexta-feira pela primeira vez desde junho de 2009, estendendo perdas no ano que atingem quase de 50 por cento, em meio a um mercado bem abastecido.
(Reportagem de Manolo Serapio Jr.)