SÃO PAULO (Reuters) - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) teve alta de 0,55 por cento na segunda prévia de fevereiro, depois de registrar variação negativa de 0,01 por cento no mesmo período do mês anterior, com maior pressão sobre os preços no atacado apesar do alívio aos consumidores.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou nesta terça-feira que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60 por cento do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, avançou 0,73 por cento na segunda prévia de fevereiro, contra queda de 0,26 por cento no mesmo período do mês anterior.
Os dados do IPA mostraram que a pressão sobre os preços das Matérias-Primas Brutas aumentou com força, levando o índice do grupo a subir 1,89 por cento, ante recuo de 0,24 por cento. O destaque partiu do movimento dos itens minério de ferro, leite in natura e cana-de-açúcar.
Mas o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30 por cento no índice geral, desacelerou a alta a 0,17 por cento no período, de alta de 0,49 por cento na segunda leitura de janeiro.
O comportamento do grupo Educação, Leitura e Recreação deu a maior contribuição, ao recuar 0,43 por cento, depois de avançar 1,45 por cento antes.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, registrou alta de 0,29 por cento, de um acréscimo de 0,38 por cento antes.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.
A segunda prévia do IGP-M calculou as variações de preços no período entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência.
(Por Stéfani Inouye)