Washington, 21 mar (EFE).- O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell, reconheceu nesta quarta-feira que a imposição de tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, às importações de aço e alumínio se tornou uma preocupação para os líderes empresariais.
"A imposição de tarifas não afetou nossas perspectivas, mas vários participantes da reunião disseram que os líderes empresariais consideram que a política comercial se transformou em uma preocupação para o futuro", comentou Powell após sua primeira reunião sobre política monetária à frente do Fed
O presidente Trump assinou no início de março a imposição de encargos de 25% às importações de aço e de 10% para as de alumínio, que entrarão em vigor nesta sexta-feira e das quais ficam isentos, por enquanto, México e Canadá.
Powell reconheceu que a questão das tarifas impostas por Trump foi debatida ao longo da reunião de política monetária, mas descartou que se tenha transferido de alguma maneira às projeções de crescimento atual da economia americana.
O anúncio destas tarifas por parte do governo americano resultou em um delicado momento em nível internacional pela possibilidade de uma guerra comercial entre vários países.
No entanto, o responsável de Comércio Exterior dos EUA, Robert Lighthizer, tentou diminuir hoje a tensão ao assegurar que os Estados Unidos estão em conversas com União Europeia, Brasil, Argentina e Austrália para outorgar a essas nações possíveis isenções a estas medidas protecionistas.
Por outro lado, indicou que o caso da Coreia do Sul "é um problema particular na área do aço", mas não esclareceu se o país ficaria isento ou não.
Deste modo, países como China, Rússia ou Venezuela serão os que sofrerão a imposição de tarifas a partir de sexta-feira, data na qual se completam 15 dias da assinatura de Trump das polêmicas tarifas.