Cidade do Panamá, 1 jul (EFE).- Laurentino Cortizo tomou posse nesta segunda-feira como presidente do Panamá em uma cerimônia realizada na Assembleia Nacional com a presença de vários líderes da América Latina e na qual fez um pedido de união nacional para combater a corrupção e a pobreza no país.
Com tom firme, o novo presidente até 2024 e ex-ministro de Agricultura fez um pedido de união nacional para enfrentar os "desafios monumentais" que o Panamá tem pela frente para enfrentar a desigualdade e a pobreza.
"Não há margem para a indiferença com os menos favorecidos", disse Cortizo.
O novo presidente reiterou a mensagem de combate à corrupção que, segundo ele, drenou na última década recursos valiosos da educação e da saúde dos panamenhos.
"O dinheiro público é sagrado, vamos fazer sem roubar. Não haverá intocáveis, começando pelo próprio presidente", disse Cortizo, em discurso que durou cerca de 25 minutos.
Além disso, Cortizo anunciou que implementará uma política de austeridade e irá propor ao parlamento uma reforma da Constituição, uma de suas principais promessas de campanha, que deve ser apresentada até julho.
Cortizo ainda afirmou que herda um governo com finanças públicas em "situação preocupante" e que informará o país sobre sua estratégia econômica quando tiver todas as informações necessárias.
"Mas sou otimista", disse o presidente ao concluir o discurso, no qual também anunciou mudanças na lei de contratações públicas, um projeto para definir regras para parcerias público-privadas que facilitarão o desenvolvimento do país.
"Deixaremos um legado de alicerces, os pilares de um país diferente e melhor", afirmou.