Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - Os preços ao consumidor nos Estados Unidos subiram menos do que o esperado em março e o núcleo da inflação desacelerou, sugerindo que o banco central norte-americano continuará cauteloso ao elevar a taxa de juros neste ano.
Outros dados desta quinta-feira mostraram que o número de norte-americanos que entraram com pedidos de auxílio-desemprego caiu na semana passada, voltando ao nível visto pela última vez em 1973, o que mostra força sustentada do mercado de trabalho.
O Departamento do Trabalho informou nesta quinta-feira que seu índice de preços ao consumidor teve variação positiva de 0,1 por cento em março, com uma recuperação dos preços da gasolina sendo parcialmente compensada por queda nos custos de alimentos. Também houve desaceleração nos custos médicos e de habitação.
O índice havia recuado 0,2 por cento em fevereiro. Economistas esperavam que o índice de preços aumentasse em 0,2 por cento no mês passado.
O chamado núcleo do índice de preços ao consumidor, que elimina os custos de alimentos e energia, registrou avanço de 0,1 por cento, o mais fraco desde agosto e após subir 0,3 por cento em fevereiro.
O Fed tem como meta inflação de 2 por cento, e acompanha uma medida de inflação que está abaixo do núcleo do índice de preços ao consumidor.
No segundo relatório, o Departamento do Trabalho disse que o número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego caiu em 13 mil, para 253 mil segundo números ajustados sazonalmente, na semana encerrada em 9 de abril. O resultado iguala o nível do começo de março, que foi o menor desde novembro de 1973.
Os pedidos de auxílio-desemprego permanecem agora abaixo de 300 mil, marca associada com um mercado de trabalho saudável, há 58 semanas, período mais longo desde 1973.
Apesar da força do mercado de trabalho, o Fed provavelmente não elevará a taxa de juros antes de setembro, dada a inflação benigna e crescimento econômico fraco no primeiro trimestre.