BUENOS AIRES (Reuters) - O mais importante grupo sindical da Argentina convocou nesta quinta-feira uma greve geral, com uma manifestação no Congresso Nacional argentino, para o dia 24 de janeiro, em repúdio a uma série de medidas promovidas pelo governo do presidente ultraliberal Javier Milei.
A Confederação Geral do Trabalho (CGT), que reúne diversos sindicatos do país sul-americano, divulgou em um comunicado um “plano de luta” que inclui também uma apresentação judicial contra um decreto anunciado na semana passada por Milei e um projeto de lei enviado na quarta-feira ao Congresso para discuti-lo em sessões extraordinárias antes de 31 de janeiro.
A CGT também prevê solicitar reuniões com todos os blocos de deputados e senadores e reuniões com outras confederações trabalhistas para articular mais medidas.
As iniciativas do governo, que no caso do decreto podem ser revogadas pelo Congresso e no caso do projeto de lei devem ser aprovadas por deputados e senadores, incluem a eliminação de regras trabalhistas, a privatização de empresas estatais e a modificação do Código Civil e Comercial.
O projeto de lei apresentado na quarta-feira inclui ainda a declaração da emergência econômica e a delegação de parte dos poderes legislativos ao Executivo até o final de 2025, com a opção de prorrogação por mais dois anos.
O presidente libertário diz que pretende reduzir o Estado e eliminar o déficit fiscal para que a economia volte a crescer, mas milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra as medidas desde que ele as anunciou.
(Reportagem de Lucila Sigal)