BUENOS AIRES (Reuters) - Uma forte desaceleração da fabricação de automóveis na Argentina levou a uma queda de 2,6 por cento na produção industrial em outubro, ante o mesmo mês do ano passado, mostraram dados oficiais nesta segunda-feira, destacando o desafio do presidente eleito Mauricio Macri enfrentará para reanimar a economia.
As montadoras argentinas registraram uma queda de 25,6 por cento na produção em outubro ante o mesmo mês do ano anterior, em parte devido à supervalorização do peso ante o dólar e ao aprofundamento da recessão no Brasil, principal parceiro comercial da Argentina. As exportações de veículos caíram em quase 49 por cento na mesma comparação.
Os dados da produção industrial em outubro vieram muito mais fracos que a mediana estimada em uma pesquisa da Reuters, de uma queda de 0,2 por cento.
Na comparação com o mês anterior, a produção industrial caiu 1,1 por cento em outubro em termos dessazonalizados, disse o governo.
Macri assume no dia 10 de dezembro. Ele prometeu desmantelar os controles cambiais e ao comércio exterior impostos pela presidente Cristina Kirchner para proteger a indústria local e defender as reservas em dólar, mas a qual ele diz que estrangulou os investimentos e atrofiou o crescimento.
(Por Redação de Buenos Aires)