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Indústria do Brasil fica estagnada em dezembro e fecha 2022 com perdas de 0,7%

Publicado 03.02.2023, 09:02
Atualizado 03.02.2023, 09:46
© Reuters. Fábrica da AGE do Brasil em Vinhedo
REUTERS/Amanda Perobelli

Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) - A produção industrial brasileira registrou estagnação em dezembro e encerrou 2022 com queda acumulada no ano, indicando que deve seguir patinando em 2023 diante dos juros elevados, das incertezas econômicas e do crescimento global fraco.

O resultado de dezembro ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters, e deixa o setor 2,2% abaixo do patamar pré-pandemia da Covid-19 (fevereiro de 2020) e 18,5% abaixo do nível recorde da série, de maio de 2011.

Os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram ainda que, em relação ao mesmo mês do ano anterior, o setor apresentou recuo de 1,3% na produção, contra expectativa de retração de 1,1%.

Assim, o setor, que vem apresentando mais dificuldade de recuperação, fechou o ano com perdas acumuladas de 0,7%, depois de avançar 3,9% em 2021 e de contrair 1,1% em 2019 e 4,5% em 2020 (-4,5%).

O gerente da pesquisa, André Macedo, destaca que a indústria tem comportamento predominantemente negativo nos últimos anos, lembrando que o crescimento de 2021 tem relação direta com a queda significativa de 2020 por conta do início da pandemia.

Depois de alguns resultados positivos no início do ano com ajuda de incentivos do governo ao setor e à renda, a indústria passou a mostrar fraqueza no segundo semestre, passando a sentir com mais intensidade o aperto monetário que tirou a taxa básica de juros Selic de 2% para os atuais 13,75%.

“Também há influência do aumento nas taxas de inadimplência e de endividamento. E o mercado de trabalho, que embora tenha mostrado clara recuperação ao longo do ano, ainda se caracteriza pela precarização dos postos de trabalhos gerados”, afirmou Macedo.

O cenário para 2023, além dos custos de empréstimos elevados, inclui ainda a perspectiva de crescimento global mais fraco, e incertezas ao menos por enquanto sobre a condução da política econômica.

Em dezembro, as influências positivas de maior destaque vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,4%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (9,1%). Por outro lado, apresentaram queda produtos alimentícios (-2,6%) e metalurgia (-5,1%).

© Reuters. Fábrica da AGE do Brasil em Vinhedo
REUTERS/Amanda Perobelli

Entre as categorias econômicas, somente a fabricação de Bens Intermediários recuou, a uma taxa de 2,1%, enquanto Bens de Capital avançaram 1,8% e Bens de Consumo tiveram ganho de 2,2%.

Já no ano de 2022 o recuo teve como maior influência as perdas de 3,2% do setor de indústrias extrativas, puxado pelo minério de ferro.

Todas as grandes categorias econômicas tiveram resultados negativos no acumulado do ano passado: Bens Intermediários de 0,7%, Bens de Capital de 0,3% e Bens de Consumo de 0,8%.

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