Washington, 13 jul (EFE).- O Federal Reserve (Fed, Banco central americano) examina "vários meios não testados ainda" para estimular o crescimento nos Estados Unidos se as condições econômicas se deteriorarem.
Em um discurso diante do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara de Representantes, o presidente do Fed, Ben Bernanke, indicou nesta quarta-feira que esses meios poderiam incluir outra rodada, a terceira, de compras de bônus do Tesouro, segundo o texto do discurso divulgado à imprensa.
Uma opção de "meios não provados", segundo Bernanke, é que o banco central "proporcione uma orientação mais explícita" que a repetida durante dois anos, segundo a qual as taxas de juros seguirão sendo baixas "por um período extenso".
O Fed manteve a taxa básica de juros abaixo de 0,25% desde dezembro de 2008.
Outra opção, assinalou o responsável, seria outro rodízio de aquisições de ativos ou que o Fed "aumente o vencimento média" de títulos.
Finalmente, acrescentou, o banco central também poderia reduzir a taxa de juros trimestral de pagamento aos bancos sobre suas reservas, "o qual acrescentaria pressão para a baixa das taxas de juros a curto prazo em geral".
Bernanke descreveu uma reativação econômica nos últimos dois anos que continuou a ritmo moderado, com alto desemprego, e lembrou os meios que empregou o Federal Reserve para estimular o crescimento da economia, incluindo no último rodízio de compra de US$ 600 bilhões em bônus do Tesouro que concluiu em junho.
O presidente do Fed disse aos legisladores que o banco central antecipa que a reativação continuará a ritmo moderado, que o desemprego diminuirá "só gradualmente" e que a inflação será atenuada nos próximos meses.
No começo da sessão, o presidente do comitê, o republicano Spencer Bachus, culpou todas as políticas dos presidentes democratas, desde Franklin D. Roosevelt, nos anos 1940, ao presidente Barack Obama pelas presentes dificuldades econômicas e financeiras dos Estados Unidos.
O democrata Barney Frank, de Massachussets, respondeu que tais políticas ajudaram a classe média dos Estados Unidos, e que a crise atual responde ao custo das guerras e a especulação financeira sem regulações que facilitaram os presidentes republicanos, desde Ronald Reagan a George W. Bush. EFE