Tóquio, 8 abr (EFE).- O Banco Central do Japão (Boj) afirmou nesta quarta-feira que não existe uma pressão de alta sobre os preços no país, uma tendência motivada pela queda das cotações do petróleo no mercado internacional e que afasta a entidade da meta de conseguir uma inflação de 2% no curto prazo.
Em documento divulgado ao término da reunião mensal de dois dias de sua junta de política monetária, o Boj disse que "as expectativas inflacionárias seguem aumentando", apesar de ressaltar "uma perspectiva de longo prazo" por causa do índice atual de 0%.
O Boj admitiu a dificuldade de alcançar o objetivo de provocar uma ligeira inflação no país, meta atrapalhada pela queda do preço do petróleo e que afeta também o programa de estímulo iniciado pelo governo em 2013 para encerrar um ciclo deflacionário de 20 anos.
Apesar dos resultados, a entidade decidiu manter o programa intacto e seguirá ampliando a base monetária em 80 trilhões de ienes (US$ 666,3 bilhões) ao ano através da aquisição de bônus estatais e ativos de risco.
No relatório, o Boj também explica que a economia japonesa mantém "sua tendência de recuperação moderada" e destaca também os avanços da produção industrial e das exportações.
O consumo privado, principal pilar da terceira maior economia mundial, "se mostrou resistente" em alguns setores. Já o investimento do setor privado se encontra em uma tendência de crescimento moderado "graças à melhora dos lucros estatais" e a estabilidade dos altos níveis de investimento público.