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Reajustes de início do ano ainda devem contaminar inflação de fevereiro

Publicado 09.03.2023, 14:50
Atualizado 09.03.2023, 14:53
© Reuters

Por Jessica Bahia Melo

Investing.com - O mercado aguarda a inflação oficial de fevereiro antes da decisão de política monetária do final deste mês, ainda que o cenário mais provável seja o de manutenção da taxa de juros. As projeções consensuais compiladas pelo Investing.com indicam alta mensal de 0,80% na inflação, contra 0,53% registrada em janeiro. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulga os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nesta sexta-feira, 10. Caso a estimativa seja concretizada, a inflação anual cairia dos atuais 5,77% para 5,54%.

A inflação maior em fevereiro é sazonal, na visão de Rodrigo Leite, professor de economia do Coppead/UFRJ, que diz estar alinhado com a projeção consensual. “Normalmente inflação no início do ano é um pouco maior, pois preços tendem a ser repassados aos consumidores em itens de supermercados, alimentos, serviços, além de aumento das escolas e materiais escolares”, detalha Leite.

O maior ponto de atenção deve ser a inflação de março, que vai contar com impacto da reoneração nos combustíveis em todo o mês, anunciada no dia 28 de fevereiro. A Medida Provisória que prevê alta parcial nos tributos tem validade até o fim de junho.

O economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, projeta alta de 0,77%. “A expectativa de fevereiro indica uma certa difusão, um pouco de alta nos alimentos, mas sazonal. Educação e planos de saúde podem ser reajustados nessa época, mantendo o padrão da inflação par ao mês de fevereiro. Além disso, não há sinais de melhorias em preços de serviços, pelo contrário, muitos reajustam agora”, aponta.

A desaceleração da inflação anual é beneficiada por fatores como a alta na taxa de juros e a continuidade das bandeiras tarifárias verdes na conta de luz, sem cobranças adicionais, segundo Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora, que espera alta mensal de 0,68%.  “Principalmente o segmento de serviços vem sofrendo uma puxada nos custos. A chuva melhorou a safra de alguns produtos que afetam a inflação. Acho que começa a demonstrar algum pouco de desaceleração em relação a janeiro. Alguns pontos começam a desacelerar em relação a janeiro, ainda que volte a reoneração em parte dos combustíveis.”

Ainda que seja notável uma desaceleração econômica devido aos juros, a injeção de renda artificial na economia, por meio de auxílios, faz com que a inflação não ceda tanto, pondera Velloni.

Política monetária em foco

A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) será realizada nos dias 21 e 22 de março de 2023. Ao fim do segundo dia, o Copom anuncia sua a decisão a respeito da taxa Selic, que atualmente está em 13,75% ao ano. Todos os economistas consultados pela reportagem esperam que os juros sejam mantidos ao final deste mês. Para Velloni, diante da situação atual de inflação e riscos fiscais, não há possibilidade de diminuir juros ainda em 2023.

Leite avalia que a Selic deve ser mantida até a apresentação do novo arcabouço fiscal brasileiro, com uma definição mais clara. No entendimento do professor, é possível que o Banco Central faça uma sinalização sobre uma melhora na percepção fiscal com novas medidas adotadas, mas não acredita que esse cenário seja o mais provável, diante de meses de ruídos e incertezas a respeito das finanças públicas e atritos contra o BC.

Gonçalves acredita que os núcleos devem ficar acima do indicador cheio, indicando pressão para que o Banco Central mantenha os juros altos. “Acho que o Copom deve manter a Selic na próxima decisão, mas considero que eles devem fazer uma análise, ainda que rápida, da evolução das propostas de ajuste fiscal do governo. Já foram tomadas três medidas e está em tratativa o novo arcabouço fiscal. É possível que o governo envie para o Congresso a proposta antes da reunião, o que criaria um ambiente mais favorável. Não o suficiente para reduzir os juros, mas para que haja um sinal mais positivo no balaço de riscos”, avalia. O líder do governo no Congresso Nacional, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse, depois de participar da reunião com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que a equipe econômica pretende entregar ao presidente o novo arcabouço fiscal na próxima semana.

LEIA MAIS: Inflação acima da meta novamente; regime é eficaz?

Inflação acima da meta

Último Boletim Focus divulgado pelo Banco Central na segunda-feira, 06, mostra que os economistas consultados pela autoridade monetária estimam um IPCA de 5,90% neste ano, enquanto o centro da meta do ano é de 3,25%, com um ponto e meio de intervalo de tolerância.

Na visão de todos os especialistas consultados, a inflação deve ficar acima da meta. “Com certeza a inflação vai ficar acima de 5%, possivelmente acima de 7%, se der errado o novo arcabouço fiscal do governo”, diz Leite.

A publicação do BC ainda indica que as expectativas do mercado são de crescimento da economia brasileira em 0,85% neste ano, com dólar a R$5,25 e Selic a 12,75.

Você sabe como funciona o Regime de Metas de Inflação? Confira no vídeo:

 

Últimos comentários

Boa Tarde! Preciso de uma informação se alguém puder me auxiliar eu agradeço, se conhecem uma corretora Zeta traders e se essa corretora é confiável.
Aumentos sazonais, guerra na Ucrânia, recessão dos EUA , aumento de juros na Europa e rescaldo da Covid 19. Tudo culpa dos outros finalmente, se dependesse do atual governo brasileiro teríamos a tão desejada deflação e crescimento do PIB.
Tinhamos tudo isso que comentou e até outubro/22 (vitória do meliante) o PIB crescia, 300 mil empregos/mês, inflação caindo acompanhada da curva de juros! Agora só desgraça!
 segundo a "imprensa" era culpa do Biroliro, até os incêndios florestais na Califórnia.
#FORALULA.
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