Agência Brasil - A sabatina do economista Roberto de Oliveira Campos Neto, indicado pela Presidência da República para o cargo de presidente do Banco Central será realizada na próxima terça-feira (26), na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Campos Neto assumirá o lugar de Ilan Goldfajn, que decidiu não permanecer à frente do BC. No ano passado, Goldfajn disse que a decisão foi tomada por motivos pessoais. Ele permanece presidente do BC até que Campos Neto seja sabatinado e tenha o nome aprovado pelo Senado Federal.
Na última terça-feira (19), foi lido o relatório do senador Eduardo Braga (MDB-AM) que indica o nome do economista Roberto Campos Neto para o cargo de presidente do BC. Com pedido automático de vista coletiva no colegiado, a sabatina ficou marcada para a semana seguinte.
Currículo
Nascido em 1969, Roberto Campos Neto graduou-se como bacharel em Economia em 1993 pela Universidade da Califórnia, Los Angeles, instituição onde concluiu o mestrado em Economia em 1995. Campos Neto tem longa trajetória no sistema financeiro, especialmente no banco Santander (SA:SANB11). Entre 2010 e 2018, foi membro do Conselho Executivo do Santander Investment no Brasil e no mundo. Foi membro do Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial, em 2018.
O postulante ao cargo de presidente do Banco Central é atualmente assessor do ministro da Economia, Paulo Guedes, e integrou a comitiva brasileira no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. O indicado é neto do economista, diplomata e escritor Roberto Campos (1917-2001), defensor do liberalismo econômico, que participou do governo Juscelino Kubitschek e foi ministro do Planejamento do governo Castello Branco. Seu avô foi deputado federal e senador, além de membro da Academia Brasileira de Letras e embaixador em Washington e Londres.
Diretores do BC
Além de Campos Neto, também serão sabatinados Bruno Serra Fernandes e João Manoel Pinho de Mello, indicados para as diretorias de Política Monetária e de Organização do Sistema Financeiro do BC, respectivamente, e Flávia Martins Sant’anna Perlingeiro, indicada para o cargo de diretora da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
* Colaborou Karine Melo