Cabul, 14 jun (EFE).- Os eleitores começaram a votar neste sábado no segundo turno das eleições presidenciais do Afeganistão para escolher o sucessor de Hamid Karzai, em um pleito marcado pela retirada das forças da Otan, que será concluída no final do ano, e a violência talibã.
As seções eleitorais abriram às 7h locais (23h30 de Brasília da sexta-feira) e fecharão às 16h (8h30), de acordo com o presidente da Comissão Eleitoral afegã, Ahmad Nuristani.
Os candidatos são o ex-líder da resistência anti-talibã Abdullah Abdullah e o tecnocrata Ashraf Gani, os mais bem votados no primeiro turno, no dia 5 de abril, enquanto outros seis foram eliminados.
Adbullah, de pai pashtun, etnia que representa 40% da população afegã, e mãe tadjique, obteve 45% dos votos no primeiro turno, enquanto Gani, pashtun, conseguiu 31,6%.
Cabul se encontra tomada pelas forças de segurança com contínuos controles de veículos e cerca de 400 mil policiais e militares foram mobilizados em todo o país para evitar a violência talibã.
Em um comunicado, os insurgentes pediram aos líderes religiosos, acadêmicos e professores, entre outros, que aconselhem o povo a não votar e advertiram que uma aproximação aos centros de votação será considerada uma "ajuda aos infiéis".
As eleições acontecem em um momento no qual as tropas da Otan no Afeganistão estão em pleno processo de retirada e transferindo gradualmente as competências de segurança para a polícia e o Exército afegãos.
No entanto, os Estados Unidos anunciaram que manterão 9,8 mil soldados no país até a conclusão total de sua saída no fim de 2016.
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