Serasa: tentativas de fraudes bancárias sobem 10,4% em 2024 e prejuízo somaria até R$ 51,6 bi

Publicado 11.03.2025, 04:15
Atualizado 11.03.2025, 07:40
© Reuters Serasa: tentativas de fraudes bancárias sobem 10,4% em 2024 e prejuízo somaria até R$ 51,6 bi

O número de golpes evitados contra bancos e cartões de crédito cresceram 10,4% em 2024 ante 2023, representando 53,4% das fraudes registradas no período. Caso fossem concretizadas, o prejuízo estimado chegaria a R$ 51,6 bilhões, segundo dados do Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian (LON:EXPN).

Outro levantamento da Serasa, feito com consumidores, aponta que 50,7% dos brasileiros foram vítimas de fraudes no último ano, um salto de 9 pontos porcentuais em relação a 2023. Desse total, 54,2% das vítimas afirmaram ter perdido dinheiro.

Entre os tipos de fraudes mais recorrentes, o uso indevido de cartões de crédito liderou o ranking (47,9%), seguido por golpes financeiros como boletos falsos e fraudes via Pix (32,8%), phishing (21,6%) e invasão de contas bancárias ou redes sociais (19,1%).

Tais ocorrências impactaram a confiança dos consumidores nos métodos de pagamento online, segundo a Serasa. O uso do Pix para realizar transações caiu de 69% em 2023 para 60% em 2024 e a perspectiva de segurança sobre a modalidade foi de 32% para 22% no mesmo período. Já o cartão de crédito ganhou espaço, com 84% dos pagamentos realizados (ante 79% em 2023) e considerado confiável para 60% dos respondentes (46% no ano anterior).

Em relação à capacidade de proteção das instituições, 49% dos entrevistados consideram as empresas de cartão de crédito como eficazes na proteção contra fraudes - um aumento em relação aos 41% de 2023. Agências governamentais (37%) e marketplaces de comércio eletrônico (33%) também figuram entre os segmentos que os brasileiros consideram mais seguros, enquanto provedores de pagamento tiveram queda na credibilidade, de 27% para 23%.

Sete em cada 10 consumidores (76%) ouvidos pela pesquisa declararam, ainda, que é provável ou muito provável pagarem mais caro por uma marca em que ofereça segurança online - em 2023 esse indicador era de 62%.

O diretor de autenticação e prevenção à fraude da Serasa Experian, Caio Rocha, avalia que "esse crescimento reflete a crescente preocupação com a integridade dos dados e o impacto do risco reputacional, especialmente para os bancos, que precisam reforçar a confiança dos clientes ao oferecer soluções seguras e robustas contra fraudes".

Proteção em camadas

O levantamento aponta ainda que a biometria física é o método mais reconhecido pelos consumidores para proteção contra fraudes, passando de 59% em 2023 para 67% em 2024. Outros métodos, como códigos PIN enviados para celulares (de 45% para 48%) e perguntas de segurança (de 36% para 40%), também são utilizados, mas enfrentam limitações contra golpes sofisticados.

"Quanto mais robusto for o processo de autenticação, menores são as chances de sucesso dos criminosos. Com o avanço de golpes sofisticados, como deepfakes e fraudes impulsionadas por inteligência artificial, é importante considerar a adoção de tecnologias que sejam aprimoradas constantemente, além de uma estratégia de prevenção à fraude em camadas, combinando diferentes tecnologias para reforçar a segurança e fortalecer a confiança nos serviços digitais", afirma Rocha.

Metodologia

Os dados foram coletados em dois períodos distintos: de 7 a 22 de novembro de 2023 (804 entrevistas) e de 4 a 18 de novembro de 2024 (877 entrevistas), todas realizadas com pessoas físicas (PF). A margem de erro para os resultados é de 3,4% em 2024 e 3,5% em 2023, com intervalo de confiança de 95%.

A amostra representa um perfil demográfico predominantemente formado por pessoas da classe B, com idade média de 41 anos e residentes em capitais. Entre os respondentes, 54% são do gênero feminino e 47% do masculino. A idade média passou de 39 anos em 2023 para 41 anos em 2024. Em termos regionais, a maior concentração está no Sudeste, com 45% dos respondentes em 2024, enquanto o Centro-Oeste registrou crescimento na participação, passando de 7% para 10%.

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