Sinal de economia forte nos EUA empolga Ibovespa, que atinge recorde dos 141 mil pontos

Publicado 03.07.2025, 08:28
Atualizado 03.07.2025, 11:40
© Reuters.  Sinal de economia forte nos EUA empolga Ibovespa, que atinge recorde dos 141 mil pontos

O apetite por risco contagia o Ibovespa, que opera em nível histórico, na faixa dos 141 mil pontos pela primeira vez. O bom humor é generalizado, em meio à entrada de fluxo de estrangeiros. Perto das 11h desta quinta-feira, 3, três ações cediam, de um total de 87.

O avanço ocorre em meio a ganhos nas bolsas americanas, diante da visão de que a maior economia do planeta continua pujante, após a divulgação do payroll de junho. "A economia está forte, então as ações sobem. Isso é bom para as empresas, para o mercado de trabalho do país, para a geração de vagas", diz o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus.

Já para a inflação e os juros, é desfavorável, dado que os números do mercado de trabalho dos EUA tendem a elevar o consumo, adverte Laatus. "E o Fed tende a ser mais cauteloso em retomar o corte dos juros", completa o estrategista. Os rendimentos dos Treasuries e o dólar avançam.

A economia dos Estados Unidos criou 147 mil empregos em junho, ante previsão de 110 mil. Além disso, o dado de abril e maio foi revisado para cima. Já a taxa de desemprego dos EUA caiu a 4,1% em junho, ante 4,2% em maio (projeção: 4,3%). O salário médio por hora aumentou 0,22%, ante projeção de 0,30% na comparação mensal e subiu 3,71% no confronto anual, ficando abaixo do esperado (3,9%).

"O payroll acima do esperado chacoalhou os mercados, que desenhavam um resultado dentro da expectativa ou mesmo que indicaria desaceleração. Talvez os próximos dados de atividade dos EUA também mostrem resiliência", diz Kevin Oliveira, sócio e advisor da Blue3.

Ao mesmo tempo, o minério de ferro fechou com valorização de 2,45% em Dalian, após o PMI composto chinês avançar em junho, sugerindo expansão econômica. Já o petróleo zerava a queda vista mais cedo.

Ainda ficam no foco a votação do pacote tributário do presidente dos EUA, Donald Trump, na Câmara dos Representantes e as negociações comerciais, que se intensificam com a proximidade do fim da trégua tarifária, previsto para o próximo dia 9.

Aqui, segue a novela do IOF. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, número 2 de Fernando Haddad, se reuniram nesta quarta-feira (2) em Brasília, em uma primeira aproximação desde a derrota do governo na votação para a derrubada do aumento do IOF. Durigan ouviu de Alcolumbre que o discurso do "nós contra eles" entoado pelo governo precisa parar em nome de uma pacificação.

Na quarta, o Ibovespa fechou em baixa de 0,36%, aos 139.050,93 pontos. Às 11h17 desta quinta, subia 1,26%, aos 140.807,26 pontos, após avançar 1,49%, na máxima aos 141.116,95 pontos, vindo de mínima de abertura de 139.050,93 pontos.

Para o UBS WM, um dos principais impulsionadores da alta tem sido o renovado interesse dos investidores internacionais, à medida que os fundos globais retornam a um mercado que continua com "valuations" atraentes. Além disso, as crescentes expectativas de uma mudança de governo em 2026 impulsionaram ainda mais o sentimento.

"Os fundamentos corporativos no Brasil permanecem sólidos, abrindo caminho para uma recuperação antecipada dos lucros em 2026. A previsão de consenso agora é de um crescimento de 8,8% nos lucros do Índice MSCI Brasil no próximo ano",a valia o UBS BB em relatório. Conforme a instituição, a perspectiva é apoiada pela demanda doméstica resiliente, gestão disciplinada de custos e um real brasileiro mais forte, o que ajuda a controlar a inflação importada e apoia as margens de lucro.

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