(Reuters) - Os advogados do cineasta Roman Polanski estão tentando anular uma acusação de sexo ilícito com uma garota de 13 anos datada de 1977, relataram jornais dos Estados Unidos nesta terça-feira.
Os representantes de Polanski desejam uma audiência para que se decida se demonstrações de má conduta e um pedido "falso" de extradição enviado pelo Departamento de Justiça dos EUA ao governo polonês em 28 de outubro podem levar à anulação do caso, informou o jornal Los Angeles Times.
Em 1977, Polanski foi acusado de estuprar uma menina de 13 anos em Hollywood depois de a fazer consumir champanhe e drogas. Mais tarde, ele se declarou culpado de fazer sexo com uma menor de idade.
Mas o diretor fugiu dos EUA rumo à França, seu país natal, antes da sentença, temendo que o juiz lhe impusesse uma pena de prisão maior que os 42 dias que havia passado atrás das grades para uma avaliação psiquiátrica.
Citando documentos apresentados ao Supremo Tribunal do Condado de Los Angeles na segunda-feira, o Times disse que os advogados de Polanski estão argumentando que os promotores e juízes incorreram em "má conduta grave" ao buscar o retorno de Polanski aos Estados Unidos.
Durante anos, os representantes do cineasta lutaram para que o caso fosse anulado sustentando que Polanski foi vítima de má conduta de promotores e juízes, temas que os tribunais declararam não poder tratar a menos que ele volte à Califórnia.
O diretor de 81 anos é responsável por clássicos como "Chinatown" e "O Bebê de Rosemary". Em 2003, ele ganhou um Oscar de melhor diretor pelo aclamado filme de guerra "O Pianista".
A moção mais recente cobre, entre outras coisas, uma tentativa de detenção em outubro em Varsóvia. Promotores poloneses interrogaram Polanski no tocante a um mandado de prisão dos EUA mas o liberaram, afirmando não haver justificativa para mantê-lo detido.
A moção de segunda-feira declara que, ao omitir o tempo que Polanski passou preso em seu pedido de extradição, os promotores tentavam cumprir os critérios de um tratado entre EUA e Polônia, afirmou o Times.
Os representantes de Polanski em Los Angeles e na França não responderam de imediato a pedidos de comentário, nem o escritório do procurador federal do Condado de Los Angeles.
(Por Eric M. Johnson, em Seattle)