HAPV3: Salto de 6,2% em repique, mas Hapvida ainda tem risco de armadilha de alta
BRASÍLIA, 4 Dez (Reuters) - A balança comercial brasileira registrou superávit de US$5,842 bilhões em novembro, uma queda de 13,4% sobre o saldo apurado no mesmo mês do ano passado, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) nesta quinta-feira.
Pesquisa da Reuters com economistas apontava expectativa de saldo positivo de US$5,7 bilhões para o período.
O dado do mês é resultado de US$28,515 bilhões em exportações, o que representa uma alta de 2,4% sobre novembro do ano passado, e US$22,673 bilhões em importações, com aumento de 7,4%.
No ano, o país acumula um superávit de US$57,839 bilhões, com exportações de US$317,821 bilhões (+1,8%), e importações de US$259,983 bilhões (+7,2%). Ambos os resultados acumulados foram os mais altos registrados na série histórica, que contabiliza dados desde 1989.
O setor agropecuário foi o que teve maior aumento de exportações no mês passado (+25,8%), seguido pela indústria de transformação (+3,7%), enquanto a indústria extrativa registrou a baixa de 14%.
Já nas importações, as vendas da indústria de transformação saltaram 9,3%, enquanto a indústria extrativa apresentou queda de 18,1%, seguida pelo setor agropecuário, que marcou baixa de 5,4%.
EXPORTAÇÕES PARA CHINA E EUA
O diretor de Estatísticas e Comércio Exterior do MDIC, Herlon Brandão, destacou os embarques para a China, que apresentaram alta de 41%, como responsáveis pelo crescimento das exportações em novembro e apontou uma queda menor, de 28,1%, nos envios aos Estados Unidos, ante redução de 37% em outubro.
Em 20 de novembro, o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou decreto suspendendo impostos de importação sobre a carne bovina, café e outros produtos agrícolas brasileiros que foram afetados por tarifas de 40% que haviam começado a vigorar em agosto.
Dentre os principais produtos que apresentaram quedas de embarques, Brandão destacou óleos brutos de petróleo, que não foram taxados, e carne e café. Segundo ele, há um "mix de situações" que dificulta apontar uma tendência para essas exportações, mas os dados devem ficar mais claros nos próximos meses.
"Possivelmente ainda não observamos esse efeito da retirada da tarifa sobre esses produtos (carne e café) nesse mês", disse na coletiva de imprensa de divulgação dos dados. "Esperamos observar aí nos próximos meses."
(Por Victor Borges)
