SÃO PAULO (Reuters) - A estatal mineira de energia Cemig (SA:CMIG4) pretende fechar ainda nesta semana o financiamento para disputar o leilão de hidrelétricas que o governo federal promove em 25 de novembro, afirmou o diretor financeiro, Fabiano Maia Pereira, em videoconferência com analistas nesta segunda-feira.
O leilão de hidrelétricas existentes será promovido pelo governo com a expectativa de arrecadar até 17 bilhões de reais para os cofres públicos com a cobrança de bônus de outorga junto aos vencedores. O certame ofertará 29 hidrelétricas cujas concessões estão terminando.
A Cemig deverá entrar no leilão com a subsidiária Cemig GT e focar nas hidrelétricas atualmente operadas pela companhia.
Pereira também comentou que a companhia está em busca de um novo parceiro na Light (SA:LIGT3), que atua em distribuição e possui ativos de geração, uma vez que o atual sócio da Cemig no negócio, o FIP Redentor, decidiu exercer opção de venda do ativo.
"Estamos conversando com alguns investidores e, a princípio, o prognóstico é muito favorável, de ter uma solução antes do vencimento (da data de exercício da opção de venda)... esperamos ter boas novidades no primeiro semestre do ano que vem", disse Pereira.
O diretor de Relações Institucionais da Cemig, Luiz Fernando Rolla, disse ainda que a Cemig busca um novo parceiro para manter a Light com uma gestão privada, e até por isso não pretende comprar sozinha a fatia do FIP Redentor na empresa.
"Não é objetivo nosso", disse Rolla, ao ser questionado por uma analista.
EXPANSÃO EM GERAÇÃO
Além do leilão de hidrelétricas existentes, a Cemig buscará outras oportunidades de crescimento em geração, mas essas em parceria com a mineradora Vale.
Segundo Rolla, a Aliança Energia, uma joint venture entre as duas empresas, será o veículo de investimento da Cemig nessa expansão.
"Ela (a Aliança) tem uma alavancagem muito baixa, o que naturalmente abre oportunidade de crescimento... tem oportunidades já identificadas, algumas, e à medida que forem ocorrendo (negócios) vamos fazer a divulgação", disse o executivo.
(Por Luciano Costa)