Investing.com – A política monetária segue no radar das instituições financeiras, com perspectivas distintas entre os países da América Latina. Enquanto para o Brasil, o UBS enxerga uma pausa na flexibilização, o banco espera um corte de 0,25 ponto percentual no México, nas decisões de junho. A equipe prevê que a taxa de juros brasileira (Selic) atinja 9,75% ao final deste ano, revisada de 9,25%, e, para a taxa de referência mexicana, a projeção é de 10%.
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Em relatório divulgado a clientes e ao mercado nesta quarta, 29, o UBS lembra que as expectativas inflação para o próximo ano aumentaram de forma significativa no Brasil. Entre os motivos, segundo o banco, estaria a leitura da inflação americana de abril acima do previsto, levando a revisões sobre os patamares de juros externos.
Hoje, a taxa de juros brasileira está em 10,5% e a equipe de economia não espera cortes na Selic nas próximas duas reuniões. Na última decisão, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortou a Selic em 0,25 ponto percentual, e não forneceu um guidance para o próximo encontro. “Economistas do Brasil acreditam que cortes nas taxas podem recomeçar em setembro sob certas condições”, aponta o relatório.
Já em relação ao México, o banco afirma que “o fracasso da economia mexicana economia para entregar o dinamismo testemunhado nos primeiros três trimestres do ano passado poderá levar o Banxico a reconsiderar a sua atual orientação monetária”, destaca o UBS, indicando que o país estaria mais dependente da trajetória da inflação, principalmente no núcleo. Na última reunião, a autoridade monetária mexicana optou por pausar a flexibilização. A expectativa do banco é de um corte de 0,25 ponto percentual em junho e diminuição gradual dos 11% atuais para 10% até ao final do ano.
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