HONG KONG (Reuters) - Em uma rua movimentada na próspera cidade de Shenzhen, no sul da China, mais de 30 lojas mostram o icônico logo branco da Apple e vendem encomendas do novo iPhone, um aparelho que se tornou símbolo de status entre muitos emergentes chineses.
Mas a segunda maior fabricante de smartphones no mundo tem somente uma loja oficial em Shenzen e cinco estabelecimentos autorizados. A maior parte das lojas em quase 1 km de corredores de shoppings não são autorizadas --embora vendam produtos genuínos da Apple-- e se proliferaram antes do lançamento, na sexta-feira, dos novos iPhone 6s e iPhone 6sPlus.
O rápido aumento das cópias de lojas da Apple mostra a popularidade da marca na China, onde dobrou sua receita no terceiro trimestre ante o ano anterior para mais de 13 bilhões de dólares, e sugere que a gigante de tecnologia dos Estados Unidos está no caminho para se livrar do enfraquecimento do consumo em seu segundo maior mercado.
A mais recente versão do iPhone, com telas maiores e maior vida útil da bateria, estarão disponíveis na data de lançamento na China apenas para consumidores que fizeram reservas via Internet, e a empresa disse que a demanda por encomendas superou a oferta.
As lojas não autorizadas da Apple em Shenzhen estão tirando vantagem disso, apostando em ganhos relâmpago com a revenda de aparelhos comprados em canais oficiais por quase o dobro do preço oficial para consumidores que não querem esperar semanas até os estoques chegarem.
Diversos funcionários das lojas disseram que estavam comprando modelos de iPhones na China e em mercados estrangeiros como os EUA e Hong Kong, de onde foram contrabandeados para dentro do continente. A Apple não quis comentar a proliferação de lojas não autorizadas na China.
(Por By Yimou Lee; reportagem adicional por Venus Wu, Jess Macy Yu e Bobby Yip)