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Vendas no varejo do Brasil perdem força e têm queda em fevereiro

Publicado 25.04.2023, 09:06
© Reuters. Loja das Casas Bahia em São Paulo
03/08/2021. REUTERS/Amanda Perobelli

Por Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) -As vendas no varejo no Brasil perderam a força em fevereiro, embora a um ritmo um pouco melhor do que o esperado, em meio a um cenário desafiador de juros elevados que encarecem o crédito e deixam a economia em marcha lenta.

Em fevereiro, as vendas no varejo tiveram queda de 0,1% em comparação com o mês anterior, conta expectativa em pesquisa da Reuters de retração de 0,2%.

Em relação ao mesmo mês do ano anterior, as vendas avançaram 1,0%, sétimo resultado positivo nesta base de comparação e um pouco melhor que a projeção de alta de 0,9%..

Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o resultado de fevereiro mostra forte desaceleração em relação ao aumento de 3,8% das vendas visto em janeiro, quando houve recuperação depois de um período de Black Friday e Natal ruins.

Com isso, o patamar atingido em fevereiro está 3,0% acima do nível de fevereiro de 2020, pré-pandemia.

Entre as oito atividades pesquisadas, seis tiveram contração das vendas em fevereiro. O destaque foi a queda de 0,7% do grupo de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que representa mais de 40% do peso mensal da pesquisa.

Também chamaram a atenção as quedas de 6,3% de tecidos, vestuários e calçados e de 10,4% de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação.

"Um fator que ajuda a explicar esse cenário é que janeiro foi um mês de muitas promoções, como estratégia de grandes empresas desses setores após novembro, com a Black Friday, e dezembro, com o Natal, terem sido meses de baixa. Promoções que não seguiram para fevereiro”, explicou Cristiano Santos, gerente da pesquisa.

Os únicos resultados positivos foram registrados por grupos de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com alta de 1,4%; e livros, jornais, revistas e papelaria, cujas vendas aumentaram 4,7%.

"O avanço de farmacêuticos foi o que segurou o indicador de fevereiro. Esse é um setor com peso grande no comércio varejista e vira uma âncora para o resultado, evitou o comércio cair mais do 0,1%", disse Santos.

O comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, teve aumento de 1,7% das vendas em fevereiro

Depois de encerrar 2022 com fraqueza, o setor varejista brasileiro deu um salto no início do ano, favorecido por onda de promoções e liquidações, mas tem à frente agora as consequências dos juros altos no país, que encarecem o crédito.

Mas, por outro lado a inflação tem mostrado sinais de desaceleração, em um momento de bom desempenho do mercado de trabalho, além de transferências de renda por parte do governo.

© Reuters. Loja das Casas Bahia em São Paulo
03/08/2021. REUTERS/Amanda Perobelli

"A massa de renda real apresentou uma queda, bem como o total de ocupados (em fevereiro). Esses são fatores que impactam as vendas, assim como a inadimplência", disse Santos.

O desempenho do varejo no país acompanha a retração na produção industrial, que em fevereiro teve queda de 0,2% sobre o mês anterior, pior resultado para o mês desde 2021.

(Edição de Luana Maria Benedito)

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