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Vendas no varejo do Brasil sobem acima do esperado em abril; 4º mês seguido de alta

Publicado 10.06.2022, 09:04
Atualizado 10.06.2022, 10:10
© Reuters. Supermercado no Rio de Janeiro
14/03/2020
REUTERS/Sergio Moraes

Por Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - As vendas no varejo brasileiro registraram alta acima do esperado em abril e seguiram em recuperação, com o quarto mês seguido de alta, embora o ritmo venha enfraquecendo.

Em abril, as vendas varejistas apresentaram ganho de 0,9% na comparação com o mês anterior, além de registrarem alta de 4,5% em relação a abril do ano anterior.

Os resultados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficaram acima das expectativas em pesquisa da Reuters de avanço de 0,4% na base mensal e de 2,6% na comparação anual..

Mas mostraram perda de força, depois de ganhos de 2,4% em janeiro e de 1,4% tanto em fevereiro quanto em março.

"O crescimento é consistente, porém desigual. Como um todo, o comércio varejista está 4,0% acima do patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020. Mas entre as atividades está desigual”, explicou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

Embora a inflação elevada no país venha corroendo a confiança e a renda do consumidor, em um ambiente de juros altos, ao mesmo tempo o setor varejista conta com o impulso recente de medidas de estímulo do governo com a liberação de FGTS e o Auxílio Brasil --que segundo Santos ajudam o comércio a ficar no terreno positivo.

"Essa perda de força denota cenário com elementos que trazem impacto negativo como inflação mais elevada. O apetite para consumo das famílias é afetado também pelos juros mais elevados e ainda tem um delimitador das vendas que é o crédito mais caro para o consumidor", completou Santos.

© Reuters. Supermercado no Rio de Janeiro
14/03/2020
REUTERS/Sergio Moraes

Entre as oito atividades pesquisadas, metade registraram aumento no volume de vendas em abril --Móveis e eletrodomésticos (2,3%); Tecidos, vestuário e calçados (1,7%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,4%); e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,1%).

As perdas aconteceram em Combustíveis e lubrificantes (-0,1%); Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,1%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-5,6%); e Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-6,7).

No comércio varejista ampliado, o volume de vendas apresentou aumento de 0,7% frente a março, embora tanto Veículos, motos, partes e peças (-0,2%) quanto Material de Construção (-2,0%) tenham registrado perdas.

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