⛔ Pare de adivinhar ⛔ Use nosso filtro de ações gratuito e ache pechinchas do mercadoTeste Grátis

Vendas no varejo dos EUA surpreendem com queda, conforme economia perde força

Publicado 01.04.2019, 13:18
Atualizado 01.04.2019, 13:20
© Reuters. Consumidores em supermercado em Bentonville, nos Estados Unidos
USD/BRL
-
US10YT=X
-

Por Lucia Mutikani

WASHINGTON (Reuters) - As vendas no varejo dos EUA caíram inesperadamente em fevereiro, o mais recente sinal de que o crescimento econômico passou para marcha lenta, com a perda de impulso do estímulo de 1,5 trilhão de dólares em cortes de impostos e do aumento dos gastos do governo.

Houve, no entanto, algumas notícias encorajadoras sobre a economia. Outros relatórios divulgados nesta segunda-feira mostraram uma recuperação na atividade industrial em março e o terceiro aumento mensal seguido nos gastos com construção em fevereiro. Ainda assim, os riscos para o crescimento econômico no primeiro trimestre permanecem inclinados para baixo.

A perda de ímpeto também reflete taxas de juros mais altas, a desaceleração do crescimento global, a guerra comercial de Washington com Pequim e a incerteza sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (UE).

Esses fatores contribuíram para a decisão do Federal Reserve (Fed) no mês passado de encerrar abruptamente um ciclo de três anos de aperto da política monetária. O banco central dos EUA abandonou as projeções de aumentos de juros neste ano, após elevar em quatro ocasiões os custos dos empréstimos ao longo de 2018.

"O consumidor está perdido, e isso contribui para uma perspectiva econômica sombria neste ano se eles não conseguirem encontrar seu caminho", disse Chris Rupkey, economista-chefe da MUFG em Nova York. "O Fed foi sábio ao evitar mudanças" na política monetária, acrescentou.

As vendas no varejo caíram 0,2 por cento, com as famílias cortando as compras de móveis, roupas, alimentos e eletrônicos e eletrodomésticos, bem como materiais de construção e equipamentos de jardinagem. Economistas consultados pela Reuters previam que as vendas no varejo subissem 0,3 por cento em fevereiro.

Frente a um ano antes, a alta foi de 2,2%.

Os dados de janeiro foram revisados para melhor. As vendas subiram 0,7 por cento em janeiro, ante elevação de 0,2 por cento divulgada inicialmente.

O dólar caía nesta segunda-feira, enquanto os juros dos Treasuries de 10 anos subiam, e o índices acionários dos EUA avançavam.

ENFRAQUECIMENTO DA DEMANDA

Excluindo automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços de alimentação, as vendas no varejo caíram 0,2 por cento em fevereiro, após uma alta revisada para cima de 1,7 por cento em janeiro (alta de 1,1 por cento divulgada inicialmente). O chamado núcleo das vendas no varejo corresponde mais de perto ao componente de gasto do consumidor do Produto Interno Bruto (PIB).

Os gastos dos consumidores respondem por mais de dois terços da atividade econômica norte-americana. A forte revisão para cima do núcleo das vendas no varejo em janeiro foi insuficiente para reverter a queda de mais de 2,0 por cento registrada em dezembro, deixando intactas as expectativas de crescimento morno do PIB no primeiro trimestre.

Algumas estimativas para a expansão do PIB no primeiro trimestre chegam a uma mínima de 0,8 por cento (taxa anualizada). A economia cresceu 2,2 por cento no quarto trimestre, após expansão de 3,4 por cento np período entre julho e setembro.

Mas algumas boas notícias têm surgido de alguns setores da economia. O Instituto de Gestão do Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) informou nesta segunda-feira que seu índice nacional de atividade fabril subiu para 55,3 em março, ante leitura de 54,2 em fevereiro, quando desceu ao menor nível desde novembro de 2016.

O dado veio ligeiramente melhor que a projeção de 54,5 de uma pesquisa da Reuters com 69 economistas. Leituras acima de 50 indicam expansão no setor manufatureiro, enquanto abaixo revelam contração.

© Reuters. Consumidores em supermercado em Bentonville, nos Estados Unidos

Outro relatório do Departamento de Comércio mostrou que os gastos com construção aumentaram 1,0 por cento em fevereiro, alcançando uma máxima em nove meses, após alta de 2,5 por cento em janeiro.

((Tradução Redação São Paulo; 55 11 5644-7757))

REUTERS JCG LM

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.