🤑 Não fica mais barato. Garanta a promoção com 60% de desconto na Black Friday antes que desapareça...GARANTA JÁ SUA OFERTA

ANÁLISE-Retomada da importação deve anular contribuição do setor externo no PIB em 2017

Publicado 26.10.2016, 16:50
ANÁLISE-Retomada da importação deve anular contribuição do setor externo no PIB em 2017
USD/BRL
-
ITUB
-

Por Luiz Guilherme Gerbelli

SÃO PAULO (Reuters) - A contribuição do setor externo deverá ser nula ou até mesmo negativa para o crescimento da economia brasileira no ano que vem diante da expectativa de retomada das importações, revertendo uma tendência vista nos últimos dois anos e que ajudou a amortecer parte da recessão vivida pelo país.

A menor contribuição do setor externo é mais uma notícia ruim que a economia brasileira carrega para 2017, quando já se espera baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

"Num momento de reação muito modesta da demanda doméstica, a menor contribuição do setor externo não é positiva para a economia", afirmou a economista da consultoria Tendências, Alessandra Ribeiro.

"Se tivéssemos uma contribuição maior do setor externo, especialmente via aumento de exportações, isso poderia ajudar mais a atividade econômica e, consequentemente, o emprego", disse.

Em 2017, o crescimento do PIB estimado pela consultoria de 1,5 por cento terá ajuda de apenas 0,2 ponto porcentual do setor externo e de 1,3 ponto porcentual da demanda doméstica.

Neste ano, na retração do PIB esperada pela Tendências de pouco mais de 3 por cento, o setor externo deve contribuir positivamente com 2,3 ponto porcentual, mas o mercado doméstico, afetado pelo fraco consumo e elevado desemprego, deve anular totalmente esse ganho, com queda de 5,5 ponto porcentual.

Na projeção feita pelo banco Itaú (SA:ITUB4), o avanço esperado de 2 por cento para o PIB em 2017 deverá ser impulsionado somente pela demanda doméstica, com contribuição de 2,5 ponto porcentual. Na contramão, o setor externo deverá varrer parte deste ganho com queda de 0,5 ponto porcentual.

"Com a atividade econômica voltando, deve haver um crescimento das importações, reduzindo o saldo da balança comercial", afirma o economista do banco Itaú Rodrigo Miyamoto.

Segundo o banco, pela métrica do PIB, a importação vai ter crescimento de 4 por cento no ano que vem, enquanto que a exportação deve avançar num ritmo menor, de 1,2 por cento.

O aumento da importação deve ocorrer sobretudo pela expectativa de que retomada do crescimento econômico, apesar de modesto, eleve os investimentos e a necessidade de compra de máquinas e equipamentos do exterior. Ao mesmo tempo, as exportações não devem apresentar o dinamismo esperado por causa da fraqueza dos preços das commodities.

A menor projeção da balança comercial ainda tem como pano de fundo a recente queda do dólar, afetando a rentabilidade das exportações. A moeda norte-americana deixou a faixa de 4 reais em janeiro para atual patamar de 3,10 reais.

"Essa valorização do real não estava no radar. Ninguém imaginava que a moeda brasileira chegaria no patamar atual", afirmou o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro.

No relatório Focus, do Banco Central, os analistas preveem superávit comercial de 45 bilhões de dólares em 2017, ante os 46,83 bilhões de dólares esperados há quatro semanas. A AEB estima no máximo saldo positivo de 35 bilhões de dólares.

(Edição de Patrícia Duarte)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.