BUENOS AIRES (Reuters) - O banco central da Argentina elevou em 3 pontos percentuais a exigência de reserva de capital para grandes bancos, conforme busca reduzir a oferta de dinheiro sob um programa revisado de empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI), com o objetivo de conter a inflação descontrolada, disse a instituição em comunicado.
O presidente do BC argentino, Guido Sandleris, nomeado na terça-feira, após seu predecessor inesperadamente renunciar ao cargo às vésperas de um acordo revisado com o FMI, reuniu-se com executivos de bancos na quinta-feira para discutir o aumento, de acordo com a mídia local.
O comunicado, divulgado na noite de sexta-feira, informa que os bancos podem usar dinheiro ou dívida do banco central para cumprir as exigências de reserva de capital.
O BC elevou as reservas várias vezes nos últimos meses, em um esforço para conter a alta dos preços na terceira maior economia da América Latina. O mais recente aumento colocou a exigência de reserva de capital dos bancos em 44 por cento, segundo cálculos da Reuters.
Um porta-voz do BC argentino não pode imediatamente confirmar o número, também noticiado pela mídia local.
Sandleris anunciou na quarta-feira que o banco central mira crescimento zero na base monetária até junho de 2019, como parte do acordo de 57 bilhões de dólares com FMI, deixando de lado a política de meta inflacionária.
Um recuo do peso este ano, desencadeado pelo aperto da política monetária do Fed e pelo recessão inesperada na Argentina, derrubou em mais de 54 por cento o valor da moeda, conduzindo os preços acentuadamente para cima.
A inflação deve atingir 40 por cento neste ano, segundo o banco central.
(Por Nicolas Misculin)