Em um movimento significativo para liberalizar seu setor de aviação, o governo argentino emitiu um decreto na quarta-feira que convida as companhias aéreas estrangeiras a competir em um mercado onde a estatal Aerolíneas Argentinas tem sido a força dominante. Essa iniciativa faz parte dos esforços para aumentar o número de rotas, frequências de voos e concorrentes dentro do país.
De acordo com o novo decreto, as companhias aéreas agora têm a liberdade de solicitar a operação de um número ilimitado de rotas e frequências, com o único requisito sendo a aprovação de segurança. Além disso, as companhias aéreas receberam autonomia para definir suas próprias tarifas aéreas, removendo uma regulamentação anteriormente inativa que permitia ao governo estabelecer um preço mínimo.
O governo do presidente Javier Milei, que assumiu o cargo em dezembro, tem sido proativo em garantir "acordos de céu aberto" com vários países, o que permite que suas companhias aéreas atendam rotas domésticas na Argentina sob certas condições.
Até o momento, a Argentina assinou tais acordos com Brasil, Chile, Peru, Equador, Panamá, Uruguai e Canadá. Isso abre caminho para companhias aéreas como Gol (BVMF:GOLL4), LATAM e Air Canada entrarem no mercado argentino.
A secretaria de transportes prevê que mais acordos sejam assinados nos próximos meses. De acordo com os últimos dados disponíveis de maio, a Aerolíneas Argentinas detinha uma participação de 62% nos voos domésticos, seguida pela Flybondi com 26% e Jetsmart com 11%.
O futuro da Aerolíneas Argentinas está atualmente em fluxo, já que o presidente Milei expressou intenções de privatizar a companhia aérea. Embora uma proposta de privatização tenha sido removida de um projeto de reforma geral aprovado pelo Congresso no mês passado, o porta-voz de Milei, Manuel Adorni, sugeriu em uma entrevista recente que o governo poderia primeiro ter como objetivo aumentar a lucratividade de empresas estatais como a Aerolíneas antes de buscar a privatização ou encontrar um comprador.
Apesar de enfrentar críticas dos sindicatos sobre as reformas, que eles argumentam que podem impactar negativamente as operações e a força de trabalho da Aerolíneas, a companhia aérea registrou um lucro líquido de US$ 32 milhões no ano passado.
As reformas já levaram a Aerolíneas a fazer ajustes, incluindo a redução das frequências de voos e a redução de sua força de trabalho, ações que foram recebidas com desaprovação dos representantes sindicais. O impacto total da reforma do setor de aviação na Aerolíneas Argentinas e seus funcionários, bem como no mercado argentino em geral, ainda está para ser visto.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.