No segundo turno das eleições parlamentares francesas de hoje, o engajamento dos eleitores teve um aumento significativo em comparação com a eleição anterior em 2022, de acordo com o Ministério do Interior francês. Espera-se que o Rally Nacional (RN), de extrema-direita, ganhe a maioria dos assentos na Assembleia Nacional, mas pode não alcançar a maioria absoluta. Os pesquisadores observaram o maior nível de comparecimento ao meio-dia desde 1981, com 26,3% de participação ao meio-dia, em comparação com 18,99% no mesmo horário durante a última rodada de votação.
O resultado da eleição pode ter profundas implicações para a liderança do presidente Emmanuel Macron, potencialmente levando a um período de instabilidade e impasse político na economia da França. Se o RN, liderado por Marine Le Pen, obtiver a maioria, será o primeiro governo de extrema-direita na França desde a Segunda Guerra Mundial, impactando a União Europeia durante um período de crescente apoio populista em todo o continente.
Pesquisas de opinião sugerem que, embora o RN provavelmente se torne a força dominante na Assembleia Nacional, não se espera que atinja a meta de 289 assentos necessária para que Jordan Bardella, protegido de Le Pen, se torne primeiro-ministro com uma maioria de trabalho. Os esforços da aliança centrista Juntos de Macron e da Nova Frente Popular (NPF) de esquerda para retirar candidatos de disputas trilaterais para consolidar o voto anti-RN reduziram a margem de vitória projetada da extrema direita.
A eleição foi marcada pelo aumento da violência política, com mais de 50 agressões físicas a candidatos e ativistas relatados. Em resposta às preocupações com possíveis protestos violentos, o ministro do Interior, Gerald Darmanin, enviou 30.000 policiais para a segurança eleitoral. Algumas empresas, incluindo a loja Louis Vuitton na Champs Elysées, tomaram precauções contra distúrbios.
O apoio cada vez maior do RN reflete a insatisfação dos eleitores com a forma como Macron lida com questões econômicas, segurança e imigração. Le Pen enfatizou o desejo de mudança do povo francês. A decisão de Macron de convocar a eleição antecipada após uma derrota na votação parlamentar europeia foi vista como uma aposta, com sua agenda política agora em risco.
O potencial para um parlamento suspenso levanta questões sobre a governança da França e sua influência na Europa. Um governo liderado pelo RN provavelmente enfrentaria desafios das leis da UE, principalmente em relação às suas políticas de imigração. Bardella afirmou que o RN se recusaria a formar um governo sem maioria, embora Le Pen tenha indicado disposição para tentar se eles ficarem aquém disso.
Os mercados financeiros reagiram à probabilidade de que o RN não garanta uma maioria absoluta, com os preços dos ativos franceses subindo e as ações bancárias subindo. No entanto, há ceticismo sobre se os planos de gastos do RN são sustentáveis, dado o déficit orçamentário da França.
À medida que a eleição se desenrola, a França aguarda para ver se embarcará em um novo caminho político ou manterá sua trajetória atual. Com o encerramento da votação ainda hoje e as projeções iniciais esperadas logo em seguida, a direção futura do país está em jogo.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.