Por Yawen Chen
NUSA DUA, Indonésia (Reuters) - Uma autoridade do Ministério das Finanças da China afirmou nesta quarta-feira sentir-se "um pouco mais otimista" sobre a perspectiva de romper um impasse nas negociações comerciais com os Estados Unidos, afirmando que ambos os lados estão integrados economicamente demais para tolerar os efeitos adversos.
A guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo deixou os mercados mundiais nervosos e coloca dúvidas sobre o crescimento econômico mundial.
A China, irritada com as últimas tarifas dos EUA sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses, recusou no mês passado o convite de Washington para outra rodada de negociações, pedindo ao governo dos EUA que mostre "sinceridade" primeiro retirando as ameaças de tarifas.
"Atualmente a bola está com eles. Mas pessoalmente estou um pouco mais otimista", disse à Reuters Zhou Qiangwu, assessor associado do departamento de assuntos internacionais do Ministério das Finanças, durante as reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial em Bali.
"As negociações ainda estão acontecendo, via diferentes canais. O cancelamento (das discussões comerciais oficiais) é apenas uma delas", disse Zhou, embora não tenha dado detalhes e dito não ter certeza sobre quando a próxima negociação formal irá acontecer.
O presidente norte-americano, Donald Trump, repetiu na terça-feira sua ameaça de adotar tarifas sobre mais 267 bilhões de dólares em importações chinesas se Pequim retaliar pelas mais recentes taxas e outras medidas que os EUA adotaram.
(Reportagem de Yawen Chen; reportagem adicional de Ryan Woo em Pequim)