Por Shu Zhang e Kevin Yao
PEQUIM (Reuters) - O banco central da China anunciou no domingo forte corte no nível de dinheiro que os bancos precisam manter como reservas, ampliando as medidas para reduzir os custos de financiamento e estimular o crescimento em meio a preocupações sobre os efeitos na economia da disputa comercial com os Estados Unidos.
O corte na taxa de compulsório, o quarto realizado pelo Banco do Povo da China este ano, acontece no momento em que Pequim prometeu agilizar os planos de investir bilhões de dólares em projetos de infraestrutura conforme a economia mostra sinais de mais desaceleração, com o crescimento do investimento enfraquecendo para uma mínima recorde.
A taxa de compulsório, atualmente em 15,5 por cento para grandes bancos comerciais e 13,5 por cento para bancos menores, será reduzida em 1 ponto percentual a partir de 15 de outubro, disse o banco central, repetindo movimento similar realizado em abril.
Economistas preveem mais cortes à frente.
Pequim ampliou o suporte à liquidez no sistema financeiro este ano com as autoridades focando em acalmar os temores acerca de saída de capital e buscou aliviar os mercados mesmo com o crescimento do nervosismo de que a guerra comercial com os Estados Unidos pode provocar danos à economia.
O iuan tem enfrentado forte pressão de venda este ano, perdendo mais de 8 por cento entre março e agosto, embora tenha reduzido as perdas desde então.
A medida de domingo vai injetar 750 bilhões de iuanes (109,2 bilhões de dólares) no sistema bancário ao liberar um total de 1,2 trilhão de iuanes em liquidez.
O corte do compulsório, anunciado no último dia do feriado de uma semana do Dia Nacional, indica que o banco central está preocupado com o impacto de "choques externos" aos mercados, disse Zhang Yi, economista-chefe do Zhonghai Shengrong Capital Management.