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BC discutiu ter mais tempo para avaliar economia antes de indicar fim de corte do juro

Publicado 27.03.2018, 09:40
© Reuters. Sede do Banco Central, em Brasília

Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central chegou a discutir a necessidade de mais tempo para avaliar o comportamento da economia antes de sinalizar o fim do ciclo de afrouxamento monetário após novo corte na Selic em maio, uma indicação de quedas adicionais na taxa básica de juros podem ocorrer diante do cenário de inflação ainda bastante baixa.

O BC também reafirmou que um "estímulo monetário adicional mitigaria" risco de a inflação não convergir à meta oficial, segundo a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) publicada nesta terça-feira.

"Alguns membros manifestaram preferência por indicar que deverá ser necessário aguardar algumas reuniões do Copom até que se acumule informação suficiente para avaliar o comportamento da economia. Outros argumentaram não ver necessidade de se comprometer com essa sinalização", trouxe a ata, acrescentando que ao fim todos concordaram em sinalizar o fim do ciclo de cortes após maio.

Na semana passada, o BC cortou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, levando-a à nova mínima histórica de 6,5 por cento ao ano, e indicou que fará mais uma redução da Selic em maio, próxima reunião do Copom, em meio ao cenário de inflação baixa e retomada ainda incipiente da economia.

O recado enfático do BC quanto a seus próximos passos pegou o mercado de surpresa, deixando agentes em compasso de espera por mais detalhes sobre o que embasou a opção por este caminho.

Na ata, o BC explicou que a decisão decorreu de dois fatores. Com o cenário básico para inflação tendo evoluído de forma mais benigna que o esperado nesse início de ano, houve a avaliação de maior risco de adiamento da convergência do IPCA para as metas.

O BC ponderou também que mesmo com trajetória para a Selic já incorporando redução ao patamar de 6,50 por cento ao ano, suas contas para inflação apresentaram recuo, principalmente para 2018. Considerando o cenário de mercado, a projeção para o IPCA caiu a 3,8 por cento neste ano e a 4,1 por cento em 2019, contra 4,2 por cento nos dois casos anteriormente.

A meta de inflação deste ano é de 4,5 por cento e de 4,25 por cento em 2019, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Explicada a clara sinalização para a próxima reunião do Copom, o BC se debruçou então sobre os passos seguintes. E destacou, na ata, que para sua reunião de junho, o horizonte relevante para a condução da política monetária já estará majoritariamente concentrado em 2019.

"Tendo em vista o cenário básico do Copom, o balanço de riscos e as defasagens e incertezas associadas ao processo de transmissão da política monetária, o Comitê concluiu que, àquela altura (junho), deverá se mostrar apropriado interromper o processo de flexibilização monetária", trouxe a ata.

"Dados os riscos que a economia enfrenta e a incerteza quanto às defasagens na transmissão da política monetária, o Comitê julga que pode precisar de algum tempo para avaliar a evolução da economia e sua reação aos estímulos monetários já implementados, tendo em vista o horizonte relevante naquele momento", acrescentou o BC.

A economia tem mostrado recuperação, mas o ambiente de juros baixos ainda não conseguiu dar tração à atividade diante da alta ociosidade das empresas e elevado nível de desemprego.

Segundo a ata do Copom, um dos membros do comitê "mencionou sinais de pequeno arrefecimento, na margem, no processo de recuperação do crescimento econômico". Ao mesmo tempo, divulgou o BC, "outros ponderaram que essas oscilações são naturais no atual estágio do processo".

© Reuters. Sede do Banco Central, em Brasília

"Todos concluíram que a recuperação da economia apresenta consistência. Nesse contexto, entendem que, à medida que a atividade econômica se recupera, a inflação tende a voltar gradualmente para a meta", mostrou a ata.

(Edição de Patrícia Duarte)

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