😎 Promoção de meio de ano - Até 50% de desconto em ações selecionadas por IA no InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Brasil deve manter silêncio sobre estatuto de mercado da China na OMC, dizem fontes

Publicado 09.09.2016, 17:47
Atualizado 09.09.2016, 17:50
© Reuters.  Brasil deve manter silêncio sobre estatuto de mercado da China na OMC, dizem fontes

Por Alonso Soto

BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil não vai seguir os Estados Unidos em questionar abertamente o estatuto de economia de mercado da China na Organização Mundial do Comércio (OMC), mas manterá uma postura agressiva para proteger produtores locais de bens chineses mais baratos, disseram duas fontes familiarizadas com a decisão à Reuters.

    A China está pressionando parceiros para ser reconhecida como economia de mercado depois que seu protocolo de admissão à OMC vencer em dezembro.     

Isso iria forçá-los a tomar pelo valor de face os preços publicados pelo governo chinês ao julgar se o país está ou não despejando exportações injustamente em seus mercados. Isso torna muito mais difícil impor taxas mais altas e desafiar as exportações baratas da nação asiática na OMC.

    Os Estados Unidos haviam alertado a China em julho de que ela não havia feito o bastante para se qualificar para o estatuto de economia de mercado, especialmente nos setores de aço e alumínio.

    A União Europeia está ponderando sua postura sobre o estatuto da China, mas rejeitou afrouxar sua defesa comercial.    

O Brasil, um grande participante da OMC e o quinto país mais populoso do mundo, vai se manter à margem dessa discussão, disseram duas autoridades do alto escalão, que pediram para permanecer no anonimato porque não são autorizadas a falar publicamente sobre o assunto.

    "Não é necessária uma declaração formal de que a China é economia de mercado ou não é", disse uma autoridade diretamente envolvida no tema. “Onde houver dumping e dano à industria local, seguiremos agindo como temos que agir.”

    O governo está estudando um método alternativo para calcular os preços dos produtos chineses, que atualmente compõem um terço de todos os desafios antidumping do país sul-americano, disse a autoridade.

    Assim como seus colegas da OMC, o Brasil tem usado preços de terceiros para refletir os subsídios estatais da China.

    O ministério das Relações Exteriores não estava imediatamente disponível para comentários sobre o tema.

    Considerada a mais fechada entre as grandes economias das Américas, o Brasil é um dos campeões mundiais em implementar medidas antidumping para proteger sua indústria local, que tem visto sua participação na economia cair pela metade desde a década de 1980.

    Outra autoridade disse que manter silêncio sobre o estatuto de economia de mercado da China ajudaria o Brasil a evitar potenciais desafios de seu principal parceiro de comércio. Espera-se que a China lance disputas comerciais contra países que rejeitarem seu estatuto em dezembro.

    Produtores de aço brasileiros, enfrentando uma recessão de dois anos em casa, estão pressionando o governo para tomar uma posição contra a China, a quem eles acusam de estar inundando os mercados globais com aço barato.

    "Como a China se coloca no mercado internacional, o fenômeno das empresas estatais e subsidiadas fazem muito mal tanto aqui no Brasil quanto nos nossos mercados principais", disse Marco Polo de Mello Lopes, chefe do Instituto Brasileiro de Aço, que representa produtores de aço no Brasil.

    Reconhecer o novo estatuto levaria à falência de 4.811 companhias no Brasil e custaria à já enfraquecida indústria brasileira 397.476 empregos, segundo um estudo da consultoria Barral M Jorge que foi contratada pelo instituto.    

O protocolo de admissão da China permitiu que países da OMC não considerassem a China uma economia de mercado para suas defesas comerciais. Agora que o protocolo está prestes a expirar, a China argumenta que os membros da OMC deveriam automaticamente conceder o estatuto.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.