SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil já registrou 583 casos confirmados de microcefalia e investiga outros 4.107 casos suspeitos da doença, uma má-formação cerebral em recém-nascidos que tem sido vinculada à infecção por Zika vírus em mulheres grávidas, informou o Ministério da Saúde nesta terça-feira.
No boletim anterior, divulgado na quarta-feira da semana passada, os casos confirmados de microcefalia somavam 508 casos, enquanto eram 3.935 os casos suspeitos ainda em investigação.
A pasta informou que 950 notificações de casos suspeitos de microcefalia foram descartados e que os 4.107 casos suspeitos representam 72,8 por cento do total de casos notificados desde o início das investigações em 22 de outubro do ano passado.
"Cabe esclarecer que o Ministério da Saúde está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos Estados e a possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas", informou o ministério em nota.
O Zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que também é o vetor da dengue e da febre chikungunya, foi declarado uma emergência global de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde (OMS) devido às suspeitas de ligação da infecção do vírus em grávidas com a microcefalia em recém-nascidos.
(Por Eduardo Simões)