HAVANA (Reuters) - O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, se encontrou com o presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos, Bob Corker, que está em Havana para debater as relações bilaterais tensas e "outras questões de interesse mútuo", noticiou a mídia estatal na quinta-feira.
Corker, republicano porém crítico frequente do presidente dos EUA, Donald Trump, é a autoridade norte-americana mais graduada a se reunir com Díaz-Canel desde que este sucedeu Raúl Castro em abril, e deve se aposentar do Senado no final deste ano.
As relações entre os ex-inimigos da Guerra Fria se deterioraram ao longo do último ano devido à postura hostil de Trump com a ilha comunista e o que os EUA classificaram como uma série de "ataques à saúde" de seus diplomatas em Havana.
Cuba nega qualquer envolvimento, e autoridades do governo disseram não acreditar na ocorrência de nenhum dos ataques, que descreveram como um pretexto para justificar um conflito.
Díaz-Canel deve viajar aos EUA para a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) na semana que vem, mas disse em uma entrevista exibida no domingo que não pode conversar com Trump enquanto o governo deste mantiver sua atitude "anormal" em relação à ilha.
O governo Trump endureceu o embargo comercial e de viagens a Cuba e reduziu drasticamente o número de funcionários de sua embaixada em Havana – de 50 para um máximo de 18.
O Granma, jornal do Partido Comunista cubano, disse que a diplomata mais graduada dos EUA em Cuba, Mara Tekach, o ministro de Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, e o diretor do Ministério de Relações com os EUA, Carlos Fernández de Cossío, também participaram da reunião de quinta-feira.
(Por Sarah Marsh e Nelson Acosta)