Por Philip Blenkinsop
BRUXELAS (Reuters) - Investigadores belgas acreditam que os explosivos utilizados nos ataques de Paris em novembro foram confeccionados em um apartamento em Bruxelas que foi alugado com um nome falso, e onde foi encontrada a impressão digital de um dos principais fugitivos dos atentados.
A polícia encontrou material que poderia ser usado para fabricar explosivos, traços de peróxido de acetona explosivo e cintos feitos à mão durante uma incursão a um apartamento em 10 de dezembro, disseram promotores federais em um comunicado nesta sexta-feira.
Os promotores que investigam as ligações belgas com os ataques de Paris disseram que o apartamento, no bairro de Schaerbeek, foi alugado sob um nome falso que pode ter sido usado por uma pessoa já detida por sua conexão com os ataques de Paris.
As descobertas se acumulam aos indícios de que os ataques a tiros e atentados suicidas de 13 de novembro em Paris, nos quais 130 pessoas foram mortas, foram ao menos parcialmente planejados na Bélgica.
Dois dos agressores viveram em Bruxelas, e as autoridades belgas prenderam 10 pessoas, uma das quais alugou o apartamento no bairro de Schaerbeek, em Bruxelas.
Os investigadores também encontraram a impressão digital de Salah Abdeslam, irmão de um dos agressores, que retornou de Paris na manhã posterior aos ataques e continua foragido.
Muitos dos detidos na Bélgica possuíam ligações com Abdeslam, incluindo duas pessoas que saíram de carro de Bruxelas horas depois dos ataques para buscá-lo, e outra que o dirigiu de uma área de Bruxelas até Schaerbeek após seu retorno.
(Reportagem de Philip Blenkinsop)