WASHINGTON (Reuters) - O conselheiro econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, alertou a China nesta sexta-feira a não subestimar a determinação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo, demonstrando pouca preocupação com a ameaça de Pequim de impor tarifas retaliatórias sobre 60 bilhões de dólares em produtos dos EUA.
"É melhor não subestimar o presidente", disse Kudlow em entrevista à Fox Business Network. "Ele permanecerá firme."
A China anunciou nesta sexta-feira tarifas retaliatórias sobre 60 bilhões de dólares em produtos norte-americanas, de gás natural liquefeito (GNL) a algumas aeronaves, e alertou para outras medidas, sinalizando que não recuará na guerra comercial com Washington.
Kudlow, que dirige o Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, disse que a China está cada vez mais isolada na arena comercial, com Washington se movendo em direção a acordos comerciais com a União Europeia e com o México.
"Estamos nos unindo com a União Europeia para fechar acordo com eles, então teremos uma frente unida contra a China e, eu acho, que a maior parte de nossa equipe comercial lhe dirá que estamos nos aproximando do México", disse ele. "A China está cada vez mais isolada com uma economia fraca".
Os Estados Unidos chegaram a um acordo sobre o comércio na semana passada, sob o qual Washington concordou em não colocar novas tarifas sobre as importações da UE, evitando possível arrecadação de 25 por cento sobre as importações de automóveis que o governo Trump vinha considerando.
Kudlow também disse à Bloomberg Television que os Estados Unidos e a Europa estão fazendo progressos em suas negociações comerciais e poderão anunciar alguns acordos no próximo mês.
(Reportagem de Tim (SA:TIMP3) Ahmann e Susan Heavey)