RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os aparelhos celulares do presidente Jair Bolsonaro foram alvo de ataques do grupo de hackers preso na terça-feira pela Polícia Federal, informou o Ministério da Justiça e Segurança Pública em comunicado nesta quinta-feira.
O ministério disse que foi informado do ataque pela PF "por questão de segurança nacional", e que o fato foi "devidamente comunicado ao presidente da República". Não foi informado de imediato se os hackers conseguiram obter informações dos celulares do presidente.
O Palácio do Planalto não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
A Polícia Federal prendeu na terça-feira três homens e uma mulher suspeitos de terem realizado ataques cibernético contra os telefones celulares de autoridades, incluindo do ministro da Justiça, Sergio Moro.
Integrantes da PF que participam das investigações disseram que, nas operações de busca e apreensão realizadas junto com as prisões na terça, foi detectado que 1 mil números de telefone podem ter sido alvos de ciberataques dos suspeitos.
De acordo com a PF, os hackers também podem ter invadido o celular do ministro da Economia, Paulo Guedes, cuja assessoria informou nesta semana que teve o aparelho hackeado.
As prisões dos suspeitos aconteceram em São Paulo, Araraquara (SP) e Ribeirão Preto (SP), de acordo com a decisão do juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, de prender os suspeitos por cinco dias.
(Por Pedro Fonseca)