PEQUIM (Reuters) - A China adotará mais medidas em momentos oportunos para sustentar a economia, que enfrenta pressões crescentes, afirmou o Politburo, órgão de decisão do Partido Comunista, nesta quarta-feira, em declarações publicadas pela agência estatal de notícias Xinhua.
Nos últimos meses, o governo divulgou uma série de medidas, incluindo cortes de compulsório para bancos, cortes de impostos e mais gastos com infraestrutura, em uma tentativa de evitar uma forte desaceleração na segunda maior economia do mundo.
"A pressão sobre a economia aumentou. Algumas empresas têm mais dificuldades operacionais, e os riscos acumulados a longo prazo estão expostos", disse a Xinhua, citando uma reunião do Politburo presidida pelo presidente Xi Jinping.
"Devemos dar grande importância a isso, aumentar a previsibilidade e adotar medidas oportunas".
O governo vai estabilizar o emprego, as finanças, o comércio exterior e os investimentos, disse o Politburo, reafirmando uma política fiscal proativa e uma política monetária prudente.
A China fará uso do investimento estrangeiro, protegendo os interesses das empresas estrangeiras, acrescentou.
O governo também vai resolver as dificuldades enfrentadas pelas empresas pequenas e privadas e promover o desenvolvimento saudável dos mercados de capitais a longo prazo.
O setor industrial da China expandiu em outubro no ritmo mais fraco em mais de dois anos, afetado pela desaceleração tanto da demanda doméstica quanto externa, em um sinal de aprofundamento dos problemas da economia devido à intensificação da guerra comercial com os Estados Unidos.
A economia cresceu em uma velocidade mais lenta do que o esperado, a 6,5 por cento no terceiro trimestre, a mais fraca desde a crise financeira global, e analistas acreditam que as condições dos negócios vão piorar antes de melhorarem.
(Reportagem de Yawen Chen e Kevin Yao)