PEQUIM (Reuters) - A China deve determinar sua meta de crescimento econômico para 2018 em torno de 6,5 por cento, o mesmo que para o ano anterior, deixando mais espaço para uma expansão de qualidade conforme a campanha de desalavancagem do governo se intensifica, afirmou um assessor do governo de acordo com o jornal 21st Century Business Herald.
Lou Feng, pesquisador da Academia Chinesa de Ciências Sociais, um instituto de pesquisa estatal, prevê que a China contará mais com "motores naturais" para o crescimento econômico em 2018, como inovação tecnológica, destacando que o país está agora minimizando a importância de metas quantitativas, publicou o jornal.
A China determina costumeiramente a meta de crescimento anual, que é acompanhada pelo mercado em busca de pistas sobre quanto o governo deverá estimular a economia ao longo do ano.
Uma meta proposta será endossada pelos principais líderes na Conferência Central de Trabalho Econômico em meados de dezembro, e então anunciada no congresso anual da China no início de 2018.
A China reduziu sua meta de crescimento em 2017 para cerca de 6,5 por cento em relação aos 6,5 a 7 por cento do ano anterior, mas seu ímpeto de investimentos alimentado por dívidas aumentou o investimento em infraestrutura e o desenvolvimento imobiliário, o que deu um impulso inesperado à economia.
A economia chinesa caminha para uma expansão de 6,8 por cento em 2017, disse Lou, de acordo com o jornal.
Fontes disseram à Reuters que os líderes da China devem manter a meta de crescimento deste ano de cerca de 6,5 por cento em 2018, mesmo intensificando os esforços para evitar um acúmulo desestabilizador de dívida.
(Reportagem de Yawen Chen e Ryan Woo)