PEQUIM (Reuters) - A China vai conter o crescimento das bolhas de ativos em 2017 e dar maior importância à prevenção do risco financeiro, mantendo a economia em uma trajetória de crescimento constante e saudável, disseram os líderes presentes em reunião de planejamento econômico segundo a mídia.
A China tem visto o crescimento se estabilizar neste ano, mas a alavancagem corporativa e o crédito continuam a se expandir, elevando os riscos para a segunda maior economia do mundo, que busca impulsionar as reformas estruturais.
Participam da reunião anual os principais líderes chineses e ela é acompanhada de perto pelos investidores, que buscam pistas sobre as prioridades e as principais metas econômicas para o ano seguinte.
A política monetária será mantida "prudente e neutra" em 2017, disseram que líderes que participaram da Conferência Central de Trabalho Econômico em um comunicado, conforme informado pela agência de notícias oficial Xinhua nesta sexta-feira.
"A política monetária será mantida prudente e neutra, vai se adaptar às novas mudanças na oferta monetária... e se esforçará para suavizar os canais de transmissão da política monetária e melhorar o mecanismo para ajudar a manter a liquidez basicamente estável", disseram os líderes.
O banco central da China tem mantido uma política monetária prudente desde 2011, aumentando ou cortando as taxas de juros em linha com as mudanças na economia. A política fiscal proativa está em vigor desde o ápice da crise global.
O mercado imobiliário será um foco do controle de risco, já que as autoridades irão conter as bolhas imobiliárias e impedir a volatilidade de preços, completaram.
Outra prioridade em 2017 será reduzir a proporção de alavancagem corporativa, com o país buscando controlar a dívida que subiu para 250 por cento do Produto Interno Bruto.
A China ainda vai manter o iuan basicamente estável enquanto fortalece a flexibilidade da moeda, e irá garantir que a liquidez do mercado fique basicamente estável, apontou o comunicado.
Os líderes prometeram avançar com a reforma do lado da oferta, expandir a demanda agregada e adotar uma postura fiscal mais proativa, enquanto dão continuidade aos esforços de redução da capacidade de carvão e aço.
(Reportagem de Kevin Yao e Yawen Chen)