PEQUIM (Reuters) - A China vai avançar com reformas do lado da oferta no próximo ano para lidar com o excesso de capacidade e problemas estruturais, ao mesmo tempo em que pretende impulsionar a demanda, informou a agência de notícias Xinhua nesta sexta-feira.
Os principais líderes chineses devem mapear uma agenda econômica e de reformas para 2017, durante a Conferência Anual de Trabalho Econômico Central no final deste mês.
A China vai impulsionar reformas no setor estatal e reformas fiscais, além de estabelecer mecanismos de longo prazo para promover o desenvolvimento saudável do setor imobiliário, disse a Xinhua.
O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, disse no início desta semana que a China alcançará seus principais objetivos econômicos neste ano, o que vai estabelecer uma boa base para 2017.
Os riscos crescentes da dívida e do setor imobiliário têm provocado um debate interno sobre se a China deve tolerar um crescimento mais lento em 2017, para permitir mais espaço para reformas difíceis destinadas a reduzir o excesso de capacidade industrial e o endividamento.
O governo disse que um crescimento de pelo menos 6,5 por cento é necessário a cada ano até 2020 para cumprir o objetivo previamente estabelecido de dobrar o Produto Interno Bruto e, em seguida, a renda per capita, a partir de níveis de 2010.
O governo pretende obter um crescimento de entre 6,5 por cento e 7,0 por cento neste ano.