Por Francesco Guarascio
BRUXELAS (Reuters) - A Comissão Europeia reduziu nesta quinta-feira sua estimativa para o crescimento econômico da zona do euro neste ano, afirmando que as principais causas para a revisão são as tensões comerciais com os Estados Unidos e a alta dos preços do petróleo, que eleva a inflação no bloco.
A desaceleração da economia da zona do euro deve afetar todas as principais economias do bloco, mas principalmente a Itália, já que o país vai registrar a taxa de crescimento mais baixa na Europa.
O braço executivo da União Europeia estimou que os 19 países da zona do euro crescerão 2,1 por cento este ano, contra previsão anterior em maio de 2,3 por cento. No ano que vem a expansão deve desacelerar a 2,0 por cento, previsão que não foi alterada.
"A revisão para baixo do crescimento do PIB desde maio mostra que um ambiente externo desfavorável, como as crescentes tensões comerciais com os EUA, pode afetar a confiança e pesar sobre a expansão econômica", disse o vice-presidente da comissão, Valdis Dombrovskis.
A alta dos preços do petróleo também contribuiu para a desaceleração, explicou o comissário econômico da UE, Pierre Moscovici, e deve levar a inflação para 1,7 por cento neste ano e no próximo, sobre estimativas anteriores de 1,5 por cento e 1,6 por cento respectivamente em 2018 e 2019.
A economia mais lenta no bloco continuará sendo a Itália, que deve crescer apenas 1,3 por cento este ano, contra 1,5 por cento estimado em maio.